ECONOMIA CAPIXABA

Setores de comércio e serviços criam 2.299 empregos formais

Ao todo, foram criadas no Estado, 2.299 vagas, sendo 1.291 no comércio e 1.008 nos serviços.

Em 19/12/2025 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Envato/Divulgação/(By Connect Fecomércio-ES)

O número é o saldo entre admissões e demissões em outubro. Vagas surgiram, principalmente, nos segmentos de varejo, alojamento e alimentação. Com o resultado, o estado já conta com 931.941 contratações com carteira assinada.

Mesmo em um mês marcado por ajustes no mercado de trabalho, o Espírito Santo mostrou a força do setor terciário. Comércio e serviços encerraram outubro com a criação de mais de 2.200 empregos formais, confirmando o papel estratégico dessas atividades na sustentação da economia capixaba e na geração de oportunidades.

Ao todo, foram 2.299 vagas, sendo 1.291 no comércio e 1.008 nos serviços. O saldo positivo foi resultado da diferença entre admissões e demissões registradas no mês, impulsionado, sobretudo, pelos segmentos de varejo (721 novas contratações) – com supermercados e lojas de vestuário e acessórios em destaque –, e de alojamento e alimentação (727), tradicionalmente aquecidos no fim do ano.

As análises são do Connect Fecomércio-ES (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Para André Spalenza, coordenador do Observatório do Comércio do Connect Fecomércio-ES, os números reforçam uma tendência já observada ao longo de 2025.

“O comércio e os serviços vêm funcionando como um fator de estabilidade do mercado de trabalho capixaba. Mesmo em meses mais desafiadores, esses setores conseguem manter um ritmo de contratações e reduzir os impactos negativos de outros segmentos da economia.”

Com o resultado de outubro, o Espírito Santo passou a contabilizar 931.941 vínculos formais, o que representa um crescimento de 1,7% em relação ao mesmo mês de 2024. No período, comércio (2,5%) e serviços (2,2%) registraram as maiores expansões proporcionais, reforçando o protagonismo do setor terciário na geração de empregos.

Na análise dos últimos 12 meses, os dados mostram que o setor de serviços liderou a criação de vagas, com 9.425 novos postos entre outubro de 2024 e outubro de 2025. O comércio aparece na sequência, com 5.797 empregos gerados no mesmo intervalo.

“Quando observamos apenas os setores que ampliaram seus estoques de empregos, comércio e serviços respondem por cerca de 90% de todas as novas vagas abertas no estado, o que deixa claro onde está o motor atual do mercado de trabalho capixaba.”

O recorte regional também revela movimentos importantes. Entre os municípios, os principais destaques de outubro foram Vila Velha (547), Cariacica (354) e Vitória (286). No conjunto, a região metropolitana apresentou saldo positivo de 84 novos postos, refletindo comportamentos distintos entre os municípios.

No acumulado de janeiro a outubro, o Espírito Santo registrou 22.561 novos empregos formais, mantendo trajetória positiva ao longo do ano. Esse desempenho ocorre em um contexto de mercado de trabalho bastante aquecido. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), a taxa de desocupação caiu para 2,6% no terceiro trimestre de 2025, o menor nível desde o início da série histórica, em 2012. Com isso, o número de desocupados recuou para 54 mil pessoas, após uma redução de 11 mil no trimestre.

“Estamos diante de um cenário muito próximo do pleno emprego, no qual o desemprego tende a ser mais transitório ou estrutural. A maior parte das pessoas que busca trabalho consegue se recolocar rapidamente, o que reduz a disponibilidade de mão de obra e torna o processo de contratação mais desafiador para as empresas.”

O desempenho positivo do setor terciário compensou os ajustes observados em outros segmentos. Em outubro, três setores registraram saldos negativos, o que levou o Espírito Santo a encerrar o mês com 296 empregos formais a menos em relação a setembro. A indústria apresentou o maior impacto, com o fechamento de 1.562 vagas, seguida pela construção (810) e pela agropecuária (223). (Por Kelly Kalle/AsImp/C2)

Pesquisa:
A pesquisa completa, com os dados detalhados, pode ser acessada no LINK

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