ECONOMIA CAPIXABA

Natal deve movimentar R$ 1,57 bilhão em vendas no comércio

O Natal volta a ocupar o centro da economia capixaba com força renovada do comércio varejista.

Em 17/12/2025 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Envato/Divulgação/(By Connect Fecomércio-ES)

A previsão é de um aumento de 3,4% em relação ao mesmo mês de 2024. Os setores mais procurados são o de hipermercados e supermercados e o de vestuário e calçados. Em todo o mês de dezembro, as vendas devem chegar a R$ 9,4 bilhões.

Decoração com tons vermelho e verde, muitas luzes coloridas nas vitrines, árvores iluminadas e listas de presentes ganhando forma: o Natal volta a ocupar o centro da economia capixaba com força renovada. Em 2025, a data mais aguardada pelo comércio promete aquecer ainda mais o varejo do Espírito Santo. Isso porque a expectativa é de que ela gere, sozinha, R$ 1,57 bilhão em vendas no comércio capixaba - na semana do Natal. O resultado representa crescimento de 3,4% em relação a 2024 e confirma a tendência positiva observada ao longo do ano. 

As análises são do Connect Fecomércio-ES (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo), com base nas informações da Confederação Nacional do Comércio de bens, serviços e turismo (CNC) e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para André Spalenza, coordenador do Observatório do Comércio do Connect Fecomércio-ES, o desempenho reflete um ambiente mais confiante.

“O Natal reúne fatores que estimulam o consumo, como maior circulação de renda, planejamento antecipado das famílias, confiança do consumidor e estratégias mais eficientes do varejo.”

No Natal, os setores de Hipermercados e supermercados e Vestuário e calçados são os principais responsáveis pela movimentação comercial, representando, respectivamente, 41% (R$ 647,4 milhões) e 34% (R$ 541,1 milhões) do total previsto. Juntos, esses dois segmentos concentram 75% das vendas, enquanto outros, como Utilidades domésticas e eletroeletrônicos (13%), Farmácias e perfumarias (6%), Móveis e eletrodomésticos (4%) e Demais segmentos (2%), completam o panorama.

Segundo Spalenza, o protagonismo desses segmentos está diretamente ligado ao comportamento típico do consumidor nesta época do ano.

“As compras para a ceia, confraternizações e presentes fazem com que supermercados e o setor de vestuário liderem a movimentação, mas há um efeito positivo em praticamente todo o varejo.”

Com a movimentação de R$ 1,57 bilhão na data natalina, deve haver um novo recorde na série histórica iniciada em 2012, além de um crescimento de 3,4% quando comparada a 2024. Além disso, todo o mês de dezembro deve alcançar R$ 9,4 bilhões em vendas, uma alta de 1,8% ao ser comparado com o mesmo mês do ano passado.

Outro fator que contribui para o aumento das compras é o comportamento mais favorável dos preços no período. A desaceleração da inflação em novembro cria um ambiente positivo para o consumo, especialmente no que se refere à cesta natalina capixaba. A redução de preços em itens importantes da alimentação no domicílio amplia o poder de compra das famílias e permite maior diversidade nas compras para a ceia.

Em novembro, os produtos relacionados à alimentação no domicílio registraram redução média de 0,93%. A queda da alimentação no lar foi puxada principalmente por arroz (-5,61%), frutas (-1,62%) e azeitona (-0,62%). 

“Quando os preços dos alimentos aliviam, o consumidor consegue planejar melhor e até incluir novos itens na celebração, o que se reflete diretamente no faturamento do comércio.”

Além dos alimentos, produtos típicos de presente também mostram condições atrativas. Eletrodomésticos e equipamentos registraram variação mensal de -3,74%, enquanto brinquedos recuaram 1,92%. Eletrônicos, como TVs e equipamentos de informática, também mostraram queda de 1,77%, e roupas, de 0,11%.

A queda favorece tanto as compras planejadas quanto as de última hora, ampliando o tíquete médio e estimulando a circulação nos centros comerciais. Esse movimento mostra a importância do Natal não apenas como data simbólica, mas como vetor de dinamismo econômico.

Entre as tendências para esse fim de ano, ganha destaque a busca por conveniência e rapidez. Compras mais objetivas, soluções prontas para presente, retirada imediata em loja e entregas ágeis têm orientado as decisões dos consumidores.

“O varejo que oferece praticidade, informação clara e disponibilidade imediata sairá na frente neste Natal.” (Por Kelly Kalle/AsImp/C2)

Pesquisa:
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