SAÚDE

10% das mulheres terão infecção urinária durante a gravidez

A infecção urinária é comum ao menos uma vez durante a gestação.

Em 17/10/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Estima-se que 10% das mulheres terão infecção urinária ao menos uma vez durante a gravidez. Isso porque as alterações que ocorrem no organismo da mulher, durante esse período, favorecem o desenvolvimento de bactérias no trato urinário, que começa nos rins, onde a urina é produzida e vai até a uretra, tubo por onde ela é eliminada.

O médico da Associação de Urologia do Espírito Santo, Marcos Lyra Kaddoum, explica que as mudanças anatômicas que ocorrem durante a gravidez também podem influenciar. “Durante a gestação, conforme o útero ganha volume, ele pode pressionar os ureteres, fazendo com que a urina fique acumulada no canal e propiciando a multiplicação das bactérias”, comenta Kaddoum.

As infecções do trato urinário podem variar desde as menos agressivas, como a cistite, que atinge a bexiga, até a mais grave, como a pielonefrite, que acomete os rins. Quando não é tratada corretamente durante a gravidez, pode ocasionar aborto espontâneo, partos prematuros, diminuição do crescimento intrauterino, pneumonia, asma na infância e o recém-nascido pode nascer abaixo do peso.

Como evitar a infecção

O pré-natal é essencial para uma gestação saudável e sem complicações. “Nele, os médicos pedem exames de urina a cada três meses, assim é possível diagnosticar a infecção urinária logo no começo e evitar que ela se torne um problema mais grave”, conta o urologista. Existem algumas medidas de prevenção que a gestante pode tomar, como beber bastante água, ir ao banheiro com frequência, não segurando a urina quando der vontade, principalmente depois das relações sexuais.

Os sintomas mais comuns de infecção urinária nas gestantes são sensação de peso no baixo ventre, de bexiga cheia, alteração da cor e/ou odor da urina, desconforto e ardência ao urinar. “Quando a grávida sentir qualquer sintoma de infecção urinária, ela deve comunicar imediatamente ao seu médico para que um diagnóstico seja feito o mais rápido possível”, conclui Kaddoum.

(Foto: Divulgação)