POLÍTICA NACIONAL
59% dos eleitores devem votar branco ou nulo, segundo pesquisa
Especialista orienta sobre como se preparar para escolher os candidatos.
Em 23/08/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Pesquisa CNI/IBOPE, divulgada no fim de junho, indicou um percentual significativo de votos em branco ou nulos. No cenário em que não é apresentada uma lista de candidatos para o entrevistado, o percentual de brancos e nulos chegou a 31%. A quantidade de pessoas que declararam não saber em quem votar ou não responderam à pesquisa chegou a 28%. Ao todo, 59% dos eleitores não citaram intenção espontânea de votar em algum candidato.
Esses dados refletem o desencantamento do eleitor com a política e os recentes escândalos de corrupção, bem como a difícil situação econômica do país. Segundo dados da pesquisa Ibope, o fato de a candidatura do ex-presidente Lula não estar confirmada leva ao grande número de pessoas que se mostram indecisas na pesquisa.
Para amenizar o clima de pessimismo, a coordenadora do curso de Ciências Políticas do Centro Universitário Internacional Uninter, Andréa Benetti, lembra que o processo democrático do Brasil é novo e, com o passar do tempo, a população está adquirindo mais conhecimento sobre a esfera política.
Afinal, como se decidir entre tantos candidatos e partidos? A especialista listou duas formas de medir a honestidade de um candidato. A primeira é avaliar as principais propostas e a viabilidade para implementar. “Em seguida, recomendo verificar a coerência de suas ações na vida pública. Se a trajetória política indicar ações apenas para satisfazer interesses próprios, ele fará qualquer coisa para se manter no poder”, explica.
Para se aprofundar sobre os candidatos, Andréa alerta que a fonte mais confiável ainda é o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que conta hoje com uma interface mais agradável visualmente em relação a anos anteriores.
“Caso o candidato tenha vida pública prévia, os Portais da Transparência dos órgãos governamentais também disponibilizam ótimos registros para avaliação”, detalha Andréa.
Por fim, a cientista política ressalta a importância de acompanhar as informações por meio de veículos de comunicação éticos e que garantam a veracidade das informações antes de divulgá-las. “Quanto às ONGs, é sempre bom verificar se não há vinculação entre as instituições e grupos de interesse ou movimentos partidários”, alerta.