CIÊNCIA & TECNOLOGIA
A Columbia Tecnologia em parceria com o Ifes, vai desenvolver superbactéria.
O Governo Federal disponibilizou a verba necessária para o projeto, orçado em R$ 500 mil.
Em 18/03/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A empresa capixaba Columbia Tecnologia, incubada da TecVitória, está desenvolvendo um projeto inovador para o setor petroleiro e nacional e internacional. Em parceria com o Instituto Federal do Espírito Santo – Ifes, o objetivo do trabalho é obter uma superbactéria que será capaz de transformar o óleo pesado, encontrado na camada pré-sal e onshore, em óleo leve.
O projeto, pioneiro no Brasil, possibilitará a retirada do petróleo viscoso com grande diminuição de custos, podendo ser fornecido também para grandes mercados, como o do Oriente Médio. Além disso, o processo com a superbactéria é de forma natural e sem perda da qualidade do produto extraído, ao contrário de outros métodos de recuperação terciária, como o método químico. O estudo chamou a atenção do Governo Federal, que disponibilizou a verba necessária para o desenvolvimento do trabalho, orçado em R$ 500 mil.
O primeiro passo para obtenção da superbactéria é feito através de amostragem em poços de petróleo do Estado e os trabalhos foram iniciados em fevereiro. Desde seu pontapé inicial estão sendo realizados testes de isolamento e manipulação genética com a finalidade de se obter uma superbactéria com as características desejadas. Para o engenheiro responsável pelo projeto, Tiago Coutinho Vasconcelos, da Columbia Tecnologia, este produto terá impacto em todo o mercado petroleiro nacional.
“Hoje, uma das maiores dificuldades do mercado é de extrair o óleo pesado de forma eficiente e com baixo impacto ao meio ambiente. O nosso desafio é tornar os microorganismos a solução ótima para óleo pesado. No mundo, há cerca de 5 trilhões de barris que podem ser recuperados por este método. A superbactéria irá agir de diversas formas, dentre elas alterando a permeabilidade da formação através da produção de ácidos, pela produção de biossurfactantes que reduzem a tensão superficial, ao produzir moléculas menores de hidrocarboneto e através da produção de gases, que aumentam a pressão da formação. Todos estes mecanismos facilitam a obtenção do óleo, e, consequentemente, tendem a reduzir os custos de produção”, disse.
O petróleo é hoje um dos setores mais promissores no Espírito Santo. As previsões para investimento e manutenção desse setor no Brasil no período de 2014-2018 atingem R$ 488 bilhões, segundo o BNDES. Se somarmos o que serão gerados de investimentos no Brasil nos setores automotivo, siderúrgico, aeronáutico, papel e celulose, extrativo-mineral, químico e eletroeletrônico, no mesmo período, chegamos praticamente à metade disso ou R$ 247 bilhões.
Por Mile4 Asses. Comunicação