EDUCAÇÃO

Ações diversificadas motivam estudantes de escola sergipana.

O programa tem resultado em inúmeros benefícios.

Em 04/03/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Excursões, projetos interdisciplinares e aulas atrativas, com uso de recursos tecnológicos, são algumas das ações promovidas pelo Colégio Estadual Barão de Mauá, em Aracaju, como parte do Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI). Segundo a diretora da instituição, Maria Cristina Santos, o programa tem resultado em inúmeros benefícios desde que entrou em funcionamento, em 2009.

Interação entre os alunos, com a realização de trabalhos em equipe, aperfeiçoamento de habilidades e melhor desempenho nas avaliações qualitativas, além de mais tempo de permanência dos estudantes na escola são algumas das melhorias proporcionadas pelo programa, de acordo com Maria Cristina. Pedagoga, com mestrado em ciências da educação, ela atua no magistério há 29 anos.

A escolha do tema e as estratégias a serem adotadas de maneira interdisciplinar são definidas pelos professores a partir do perfil da turma e das habilidades dos alunos. “Em reunião pedagógica, no início de cada ano letivo, os professores discutem as propostas de projetos e ações que pretendem desenvolver e convidam os colegas para participar de trabalhos em equipe”, explica a professora Martha Heloisa Souza Gomes Resende, responsável pelo ProEMI na escola.

“Os estudantes aprendem e transmitem conhecimentos de forma lúdica e prazerosa”, diz Martha. “E mostram as habilidades nas atividades dos projetos, com muita desenvoltura e segurança.” Há 27 anos no magistério, ela tem licenciatura plena em ciências biológicas e pós-graduação em gestão escolar.

Debates — Professora de história e sociologia em turmas dos três anos do ensino médio, Maria Luciene Bomfim atua em parceria com professores de outras disciplinas. Em 2014, ela aproveitou a realização da Copa do Mundo no Brasil para criar o projeto Antes de Conhecer o Mundo, Vamos Conhecer nossa Cidade, que envolveu turmas do primeiro ano. O patrimônio cultural foi o principal conteúdo. Visitas aos museus da cidade e apresentação, a outras turmas, de trabalhos sobre monumentos históricos, por meio de dança, música e comidas típicas, foram algumas das atividades.

Com as turmas de segundo ano, Maria Luciene estimulou os estudantes a fazer apresentações, em grupo, sobre fatos recentes — políticos, econômicos ou sociais — divulgados nos meios de comunicação. “As apresentações foram excelentes”, diz. “Os alunos expunham ideias de maneira informal e, quando era um tema desafiador, o trabalho instigava debates com os outros colegas.”

Com as turmas de terceiro ano, em iniciativa que envolveu as disciplinas de português e geografia, foi reeditado projeto desenvolvido com sucesso em 2013, Totalitarismo ou Autoritarismo: Colapso da Democracia. O trabalho contou com diversas atividades relacionadas a velhos regimes da Itália (fascismo) e da Alemanha (nazismo) e, no Brasil, ao governo de Getúlio Vargas, no período do Estado Novo [1937–1945]. Os alunos tiveram como tarefa produzir apresentação biográfica e musical de artistas da era de ouro do rádio no país.

Outra atividade que Maria Luciene desenvolveu com alunos do segundo e do terceiro anos foi a apresentação de videoclipe da música Brasil, Mostra a tua Cara, do compositor Cazuza [1958-1990]. “Os alunos assistiram, cantaram e produziram textos e palavras-chave referentes à interpretação da música analisada”, ressalta a professora. “Nessa diversidade de atividades, é possível perceber o interesse, a integração, a criatividade, a valorização de talentos artísticos e a aquisição de conhecimentos que extrapola o saber da sala de aula, com uma participação maior dos alunos”, destaca Maria Luciene. Há 27 anos no magistério, ela tem licenciatura plena em história e mestrado em educação.

Leitura — As atividades desenvolvidas por Maria Aparecida de Lima Nunes, professora de língua portuguesa e de atividades integradoras, são relacionadas a leitura, interpretação de textos e redação. A cada semana, ela apresenta a alunos de turmas do segundo e do terceiro anos um texto motivador. “Discutimos sobre os pontos positivos e negativos apresentados e detectamos possíveis soluções”, diz.

Na aula seguinte, ela apresenta questões para que os alunos desenvolvam habilidades interpretativas. Depois, propõe um tema correlacionado ao assunto discutido e determina aos alunos o desenvolvimento de um texto dissertativo-argumentativo. “Eles passaram a gostar da leitura, desenvolveram senso crítico, a capacidade interpretativa e de relacionar acontecimentos históricos ao conteúdo de português e às obras literárias”, diz Maria Aparecida. Com licenciatura plena em letras, ela está no magistério há 22 anos.

Fonte: MEC