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Adubo feito com lodo de esgoto é entregue a produtores rurais do ES

Projeto inaugurado em abril tem capacidade de produzir 200 t de adubo.

Em 24/11/2014 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Um projeto que produz adubo feito com lodo de esgoto começou a beneficiar produtores rurais do Espírito Santo. O primeiro lote foi entregue nesta quinta-feira (20) a quatro agricultores, mas ao todo, oito estão cadastrados na Grande Vitória para receber o produto. O projeto, executado pela Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), foi inaugurado em abril deste ano e tem a capacidade de processar 200 toneladas de lodo de esgoto por mês, transformando o resíduo em adubo agrícola.

Segundo a Cesan, todo o processo foi feito na Unidade de Gerenciamento de Lodo (UGL), em CIVIT I, na Serra. O material entregue do primeiro lote produzido vai beneficiar agricultores que cultivam seringueira, cana-de-açúcar, café e eucalipto. A aplicação é realizada em duas fases, segundo a Cesan, na primeira etapa, serão distribuídos 85 metros cúbicos de adubo. Meses depois, mais 50 metros cúbicos vão finalizar a entrega.

Ao todo, a unidade de gerenciamento possui oito agricultores cadastrados na Grande Vitória, nos municípios da Serra, Cariacica, Serra, Vila Velha e Guarapari, que vão aplicar o adubo em uma área de 10 a 36 hectares.

A UGL é fruto de um convênio da Cesan com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). A unidade é responsável pelo recebimento, processamento, caracterização, transporte e destinação do lodo de esgoto produzido por uma ou mais estações de tratamento de esgoto (ETE). Além disso, monitora os efeitos ambientais, agronômicos e sanitários de sua aplicação em área agrícola.

Adubo
Para que o adubo seja feito, o lodo que antes era levado ao aterro sanitário é misturado com cal virgem para ser higienizado e armazenado em um pátio coberto. Após um período, o material se transforma em adubo, ou lodo tratado.

Após ser analisado e aprovado, o adubo é liberado para ser utilizado. O material produzido pode ser usado em culturas de mamão, café arábica, café conilon, goiaba, abacaxi, banana, eucalipto, açaí, seringueira, palmeira real, milho e cana-de-açúcar.

Segundo a Cesan, o adubo feito do lodo traz benefícios para os agricultores porque restringe o uso de fertilizantes químicos, que fazem mal para seres humanos e ecossistemas.

Fonte: G1-Espírito Santo