AGRICULTURA

Agricultores dos EUA planejam "pesar no milho" em 2023

Os agricultores alternam entre soja e milho em uma tentativa de manter a saúde do solo.

Em 06/02/2023 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters

Os produtores norte-americanos estão de olho nos preços mais baixos dos fertilizantes necessários para o cultivo e esperam uma safra abundante.

Os agricultores dos Estados Unidos planejam aumentar a área cultivada de milho em 2023, de olho nos preços mais baixos dos fertilizantes necessários para o cultivo e esperando uma safra abundante depois que uma seca no final da temporada murchou a colheita de grãos do ano passado e deixou os estoques de milho dos EUA em mínimas de quase uma década.

Os planos para a próxima temporada foram feitos mesmo com maiores dúvidas quanto à demanda e com ganhos de preço da soja superando o milho no final do ano passado. Mas as primeiras previsões de área plantada e entrevistas com agricultores mostram que a fé na maior safra dos EUA não diminuiu.

Uma grande safra do maior exportador de milho do mundo, em comparação com uma demanda mais modesta à medida que o crescimento econômico global esfria, pode reduzir ainda mais os preços do alimento básico usado em combustível e ração animal, que caíram depois de atingir o maior nível em 10 anos quando a Rússia invadiu a Ucrânia, um grande produtor de milho, há um ano.

A queda no custo de insumos essenciais, como fertilizantes, no segundo semestre de 2022 despertou esperanças de que o milho seria lucrativo em 2023, embora normalmente exija um estilo de gerenciamento mais ativo e maior investimento financeiro do que a segunda safra mais lucrativa dos EUA, a da soja.

Analistas da S&P Global Commodity Insights preveem que os agricultores dos EUA plantarão 90,5 milhões de acres de milho em 2023, 2,2% a mais que no ano anterior e um aumento mais modesto de 0,6% para a soja, refletindo outras previsões iniciais.

Demanda diminui

Os agricultores norte-americanos alternam entre soja e milho em uma tentativa de manter a saúde do solo. Depois de favorecer a soja no ano passado, quando os preços dos fertilizantes dispararam, muitos devem dedicar a maior parte desses campos ao milho.

Mas os alqueires de milho podem ter dificuldade em encontrar um lar após o início da colheita em setembro.

Desde a safra do ano passado, os exportadores registraram vendas de apenas 24,038 milhões de toneladas de milho dos EUA, queda de 43% em relação ao ano anterior, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

Em janeiro, o governo divulgou sua mais recente previsão de exportação de milho para o ano inteiro: 48,9 milhões de toneladas, 19,8% abaixo da projeção inicial de exportação em maio de 2022.

Na frente doméstica, o consumo de milho dos EUA foi fixado em uma baixa de sete anos de 304,561 milhões de toneladas no ano comercial de 2022/23, uma queda de 4% em relação ao ano anterior. Isso se deveu em grande parte ao enfraquecimento da demanda por ração, já que o rebanho de gado de corte dos EUA caiu para o menor nível desde 1962 e um surto de gripe aviária devastou rebanhos comerciais. (Por Reuters, em Forbes)

Leia também:

Ferrugem asiática cresce na soja 22/23 do Brasil e eleva custo
São Mateus é a melhor cidade para fazer negócios no agro
Programa Municipal de Fruticultura de Linhares se expande
Anec reduz previsão de exportação de soja do Brasil em janeiro
Consulta pública da IN de criação de abelhas até quarta (25)
Seag discute ações para agronegócio do Estado com Cedagro
Conab estima produção de 54,94 milhões de saca de café
Produtores argentinos vendem 80,4% da safra de soja 2021/22
Café se mantém em baixa mesmo em dia de queda no dólar
Projeto Mulheres do Cacau promove encontro em Linhares
Lúpulo Vianense tem a terceira colheita em menos de um ano

TAGS:
AGRICULTORES | PLANEJAMENTO | MILHO | SOJA | ALTERNANCIA