Segundo o presidente da Comissão de Proteção ao Meio Ambiente e aos Animai, Fabrício Gandini, o cumprimento dos Termos de Compromissos Ambientais (TCAs) firmados com o Ministério Público, é condicionante para que as empresas Vale e ArcelorMittal continuem funcionando.

A qualidade do ar que os moradores da Grande Vitória respiram é tema da reunião que a Comissão de Proteção ao Meio Ambiente e aos Animais, presidida na Assembleia Legislativa pelo deputado estadual Fabrício Gandini (Cidadania), realiza hoje (29), às 14h, no plenário Rui Barbosa.

“Acompanhamos a evolução dos Termos de Compromissos Ambientais (TCAs) que foram assinados pela Vale e pela ArcelorMittal Tubarão. Foram feitas as obras? Equipamentos com novas tecnologias foram instalados? O que avançou? Os representantes vão explicar as medidas tomadas. Após essa reunião, os membros da Comissão de Meio Ambiente vão a campo ver se as ações foram realmente realizadas”, lembrou Gandini.

Segundo ele, o cumprimento destes termos é condicionante para que essas empresas continuem funcionando. O Ministério Público, conta, interrompeu as ações que têm na Justiça contra as indústrias e permitiu que elas funcionassem, desde que cumpram as exigências.  

De acordo com Gandini, as empresas se comprometeram a realizar calçamentos, fechar correias e pátios de minério, instalar canhões de fogging ou de névoa (tecnologia para evitar que o minério seja dispersado no meio ambiente), dentre outras medidas.

“É um ano importante para vermos o que foi feito, se está sendo cumprido, o que ficou pendente, o que precisa de novas soluções e, principalmente, avaliarmos as medições, que é a meta final, com a melhoria da qualidade do ar na Grande Vitória”, explicou o deputado.

 Doenças

O parlamentar reconhece que, em tempo seco, há uma piora grande na qualidade do ar na Grande Vitória, elevando os casos de doenças respiratórias. Ele reforça que existem estudos realizados pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) mostrando o dano ao ser humano e aos animais com o pó preto nos organismos.

“Nossa meta é que tenhamos a primeira lei de qualidade do ar no Estado, seguindo os padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS). Já existe uma proposta de minha autoria e outra do governo. Quero uma discussão pública, transparente e, principalmente, que seja votada este ano porque o assunto requer rapidez”, avaliou.

Da reunião participam: a Vale, a ArcelorMittal, que farão as exposições, além do Ministério Público, da Ufes, do Iema, dentre outros.

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