GASTRONOMIA
Alimentação saudável impulsiona o consumo de tapioca no Brasil.
A tapioca nada mais é que a fécula da mandioca hidratada com água.
Em 29/10/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Opção saudável e nutritiva para qualquer refeição, a tapioca vem ganhando bastante espaço na mesa do brasileiro ao longo dos últimos anos. Mas você já parou para pensar como é feita essa iguaria? A tapioca nada mais é que a fécula (derivado semelhante ao amido) da mandioca hidratada com água, em um processo que gera um alimento livre de glúten, açúcar, gordura e ideal para as mais diversas e deliciosas receitas, tanto salgadas quanto doces.
Pouca gente se lembra, mas a tapioca é uma iguaria indígena que, por muito tempo, fez sucesso apenas no Nordeste e Norte. Somente em 2015, porém, seu consumo teve um aumento de 30% em todo o país, com uma produção de 40 mil toneladas de massa, segundo dados da Associação Brasileira de Produtos de Amido de Mandioca (Abam). Ainda de acordo com o órgão, a expectativa é que 2016 apresente um crescimento também na ordem de 30%, com a produção de 55 mil toneladas de massa e a geração de uma receita de até R$ 240 milhões.
Grande parte desse aumento se deve ao fato de a tapioca ser um alimento nutritivo. Leve, fininha e macia, ela se tornou a “queridinha” das pessoas fitness e dos profissionais da saúde, pois contém baixo teor de sódio, é rica em carboidratos e não possui gliadina, uma proteína presente no glúten que colabora para o aumento da inflamação do organismo e da gordura abdominal. Além disso, pode ser consumida até por diabéticos, desde que acompanhe alguma fibra para que não ocorra a elevação da glicemia.
Hoje em dia, podemos encontrar a goma em qualquer supermercado, em formatos que vão desde os tradicionais pacotes “almofada”, passando pelas embalagens a vácuo até as barrinhas de tapioca, muito similares às de cereal. Entre as empresas que fabricam massa de tapioca, está a Casa Maní, que atua há mais de 40 anos no processo de industrialização de mandioca e vem ganhando muito espaço no mercado após investir na expansão de sua fábrica em Tarabai, no interior de São Paulo.
Precursora da embalagem a vácuo para tapioca, a empresa conseguiu aumentar o prazo de validade do produto de três meses para um ano, sem utilização de conservantes. Hoje, já produz massas para dez marcas próprias, que levam uma alternativa saudável, nutritiva e deliciosa à mesa do brasileiro.
Por Antonio Fadel, diretor da Casa Maní, fabricante de tapioca que atua há mais de 40 anos no mercado com a industrialização da mandioca para a produção de amidos e derivados de alta qualidade.