Alta rotatividade nas empresas

Já se fazem alguns anos que ouço empresários e executivos dizerem que está cada vez mais difícil encontrar pessoas qualificadas para o trabalho, que é grande o índice de rotatividade, que o nível de absenteísmo assusta, etc., etc...

Há duas semanas, recebi a visita do proprietário de uma rede de lojas de varejo com unidades na Grande Vitória e no interior e nem preciso comentar sobre a corrida diária deste cidadão.

Antes que eu lhe desejasse as boas vindas e um bom dia, afinal, não é sempre que se recebem visitas de surpresa, ele se antecipou, perguntando "por que está tão difícil encontrar pessoas para o trabalho, Professor?!"

Vejam que a coisa já mudou, pois, antes se dizia "pessoas qualificadas para o trabalho", agora se fala apenas "pessoas para o trabalho".

Sem apresentar-lhe uma resposta direta e procurando tranquilizá-lo, conduzi a conversa para o lado positivo do negócio. Falei da satisfação em recebê-lo e também da admiração pelo extraordinário potencial empreendedor que o motiva a expandir sua rede de lojas, criando oportunidades, gerando empregos, diretos e indiretos, e distribuindo renda.

Retomei o assunto dizendo que esta falta de pessoas está relacionada a uma série de fatores. Um deles é o universo de opções que os mercados oferecem e que muitos trabalhadores mudam constantemente de ambiente a troco de pequenas vantagens momentâneas (R$ 20, 30, 50), sem levar em consideração os benefícios mais sólidos e de longo prazo. Isto gera a alta rotatividade nas empresas, também chamada de “turnover”, um dos roedores dos lucros.

A realidade é que grande parte das empresas quer crescer, se expandir, porém, está muito atrasada em relação ao processo de adequação e modernização para sobreviver neste cenário tão competitivo, principalmente quando o assunto é mão de obra.

Basicamente, a proposta de mudança na cultura das empresas, levando a sério a necessidade de gerir corretamente as ações planejadas e organizadas, colocando em prática a capacidade de estimular, treinar, motivar, reconhecer e valorizar sua equipe de profissionais, certamente proporcionará maior retenção, menor índice de perdas e aumento na produtividade.

Autor:

Prof. José Luiz Mazolini

Sobre o autor:

É diretor da Mazolini Consultoria & Marketing, professor universitário, estrategista em marketing & negócios, consultor empresarial e carreira profissional e conferencista.  www.mazoliniconsultoria.com.br - diretoria@mazoliniconsultoria.com.br – professormazolini@gmail.com.