SAÚDE

Aluno do ES cria exame de sangue para descobrir câncer de pele.

Pelo projeto, Lucas Almeida de 17 anos concorre a viagem para Harvard.

Em 10/06/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Um adolescente do Espírito Santo está concorrendo a uma viagem para Harvard, nos Estados Unidos, para desenvolver um projeto de empreendedorismo social. Lucas Almeida Coutinho, de 17 anos, foi o único pré-selecionado do estado. Ele concorre à viagem com um projeto para identificar o câncer de pele com um exame de sangue.

Para conseguir, é preciso que o capixaba esteja entre os cinco mais votados. O jovem cursa o Ensino Médio na escola pública estadual Professor Agenor Roris, de Vila Velha, e está mobilizando amigos e familiares para a votação.

Após ler uma reportagem sobre câncer de pele, o estudante começou a se questionar sobre o porquê das pessoas terem dificuldades com o tratamento e diagnóstico da doença. Com isso, iniciou uma pesquisa sobre o tema.

“Percebi que as pessoas ignoravam as manchas na pele e isso atrasava o tratamento. Então, eu pensei: por que não usar o exame de sangue?”, relembra o estudante.

O aluno, que conversou com professores de Biologia, viu que havia possibilidades de diagnóstico do câncer por meio do exame. A ideia, explica Lucas, é usar biomarcadores em mapeamento genético e marcadores moleculares, e assim a pessoa poderá descobrir se possui ou não a doença e em qual estágio ela está.

“Se eu for selecionado pelo programa, vou confirmar a funcionalidade do exame, farei testes com o projeto e vou desenvolvê-lo”, conta o jovem.

Preparação
Determinação, comprometimento e inspiração. Essas características definem o estudante que, para desenvolver o projeto, passou várias madrugadas pesquisando. A rotina de Lucas durante muitos meses foi de pesquisas intensas.

“Eu saía da escola, almoçava e descansava exatos 30 minutos. Começava às 14 horas e terminava quase meia-noite. Quando se aproximou a data de inscrição, estudava até de madrugada”, disse.

O jovem, que estuda em escola estadual há cinco anos, diz que sempre ficou inconformado de ver as pessoas desvalorizando a educação pública e que isso provocou nele um sentimento de mudança.

“Eu precisava fazer algo para mudar isso. Querendo ou não, o aluno já entra com o pensamento que receberá educação ruim. Virou uma meta quebrar esse tabu”. O estudante diz, também, que procura servir de incentivo para os outros alunos.

Fonte: g1-ES