EDUCAÇÃO

​Aluno surdo do município de Vila Velha é aprovado no IFES

Aluno Emanoel Monteiro vai cursar Eletrotécnica no Instituto Federal do Espírito Santo (IFES)

Em 11/01/2022 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Assessoria/PMVV

Nessa parte da história, há uma personagem essencial: Clarice Alves, professora de Educação Bilíngue da UMEF Prof. Nice de Paula, que o inscreveu no processo seletivo.

Emanoel Monteiro da Fonseca nasceu surdo, apesar de só ter descoberto quando já tinha 5 anos. Foi nessa mesma idade que ele ingressou na rede municipal de ensino de Vila Velha, onde continuou estudando até os 17 anos.

Agora ele começa uma nova trajetória: vai cursar Eletrotécnica no Instituto Federal do Espírito Santo (IFES). Nessa parte da história, há uma personagem essencial: Clarice Alves, professora de Educação Bilíngue da UMEF Prof. Nice de Paula, que o inscreveu no processo seletivo:

"Sou professora do Emanoel desde o 6º ano. Ele sempre foi muito interessado e comecei a despertar nele o desejo de estudar no IFES. Ele é meu xodó, todos esses anos eu o preparei para conseguir passar”, contou Clarice.

Ela o acompanhou no momento da matrícula e foi um momento marcante, segundo a mesma:

“Foi muito gratificante acompanhá-lo se matricular, é a realização de um objetivo a longo prazo. Minha expectativa é que ele continue se destacando e chegue ao doutorado”, disse.

Mas não foi só agora que a escola passou a ter um papel importante na vida do Emanoel. Na verdade, desde o início, foi o principal ponto de apoio dele e da família, como contou a mãe, Shirley Monteiro:

“Somos de uma família humilde e na época, quando foi diagnosticada a surdez, não sabíamos quase nada sobre. A escola nos acolheu como família e todo o suporte que a gente precisava”, compartilhou.

A escola foi peça fundamental para tudo, segundo as próprias palavras de Shirley. Inclusive, foi na UMEF Nice de Paula que Emanoel aprendeu a Língua Brasileira de Sinais. E a família também:

“O curso de Libras é caro e não teríamos dinheiro para pagar. Sorte nossa que a escola fornece libras e a gente pode aprender de graça. Eles sempre dão essa oportunidade para as famílias e esse aprendizado, pra gente, não tem preço!”, ressaltou.

Emanoel até chegou a usar o aparelho auditivo, mas não se adaptou. Ele prefere mesmo se comunicar em Libras, que é como se sente confortável. Agora, para essa nova fase, a expectativa é enorme.

“Tudo é novo e diferente, ainda estamos processando essa novidade. O IFES foi uma decisão dele, ele que quis. Isso torna tudo ainda mais especial”, compartilhou orgulhosa a mãe. (Semcom/PMVV)

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