CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Alunos de 12 a 13 anos aprendem a criar aplicativos de celular
A ideia do curso foi agregar educação com tecnologia, diz Bartira Almeida.
Em 29/09/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Os jovens alunos do Instituto Ponte criaram as plataformas após um curso, ministrado durante três meses por uma voluntária, a engenheira elétrica Luara Kerlen.
Um Telefone Fácil, indicado especialmente para pessoas idosas, que têm dificuldade para usar o telefone comum; um aplicativo que relembra os principais acontecimentos desse ano nada típico, que está sendo 2020; um app cuja função é apresentar dados sobre a Covid-19, no Brasil e no mundo, em tempo real, na forma de mapa, números, gráficos. Esses são alguns dos aplicativos desenvolvidos por um grupo de alunos com idades entre 12 e 13 anos, do Instituto Ponte (IP) e que já estão em funcionamento.
Os jovens criaram as plataformas após um curso, ministrado durante três meses por uma voluntária, a engenheira elétrica Luara Kerlen.
“Esta iniciativa teve como objetivos tornar a programação uma habilidade acessível e investir em mentes criativas. Programar ensina a pensar, a resolver problemas, trabalha diversas disciplinas ao mesmo tempo e, o melhor de tudo, facilita a vida das pessoas e as prepara para o mercado de trabalho”, comentou a instrutora.
A estudante Alice Barcelos Aguiar, de 13 anos, desenvolveu o app “English Vocabulary”, criado para ajudar a traduzir do Português para o Inglês e vice-versa. “Busquei fazer algo lúdico, pois meu público alvo são crianças entre cinco e 10 anos”, comentou.
Já Davi Amaral Duarte, 12 anos, criou o “Telefone Fácil” para idosos que não conseguem usar o telefone, seja por conta da forte iluminação seja pela complexidade dos botões.
Davi Barbosa, de 13 anos, programou o “Portuguesando”, que tira dúvidas sobre a Língua Portuguesa. É direcionado, especialmente, para alunos do 5° ano do Ensino Fundamental até 3° ano do Ensino Médio.
O Novo Coronavírus foi foco na criação de dois aplicativos. O aluno Victor Hernando Monteiro, 12 anos, lançou o “Informações COVID-19”, com dados, mapas e gráficos sobre a doença no Brasil e no mundo, em tempo real; e Gabriela de Almeida Carvalho, 13 anos, desenvolveu o app “Coronavírus”, com serviço de busca por números, dicas de prevenção e sintomas da doença.
Considerado um período histórico, este ano é tema do aplicativo de Henrique Casazza, de 12 anos. Em “O que aconteceu em 2020?”, é possível saber sobre os principais acontecimentos, com informações sobre o Coronavírus, as enchentes no início do ano, o ataque dos EUA ao Irã, o Ciclone Bomba que atingiu o Sul do Brasil e muitos outros fatos relevantes.
Aos que buscam um aplicativo para ajudar na organização e tarefas do dia a dia, a aluna Lara Cuquetto Batista Trevizani, de 12 anos, criou o “Organized”; e para aqueles que estudam, a jovem Lívia Cavalcanti Oliveira, de 13 anos, desenvolveu o “Lstudy “, que vem com um boletim virtual e cálculo de média de notas.
Com seis anos de existência, o Instituto Ponte (IP) é uma entidade criada para servir de ‘ponte’ e dar oportunidade de uma educação de qualidade para jovens talentosos, oriundos de famílias de baixa renda. Nestes seis anos, o IP já impactou mais de 179 alunos, com idades entre 12 e 20 anos.
Para Bartira Almeida, fundadora e presidente, a ideia do curso foi agregar educação com tecnologia.
“Mas, no decorrer do projeto, os jovens foram descobrindo novos potenciais e habilidades. Sem dúvida, foi uma ferramenta importante para ajudá-los a adquirir conhecimentos que agregarão à sua jordana”, afirmou. (Por Ilda Castro - Mile4)