EDUCAÇÃO

Alunos fazem mutirão e pintam prédio da Ufes em protesto.

Objetivo era melhorar área e reclamar contra a infraestrutura precária.

Em 21/10/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Com o prédio em situação precária e preocupados com um importante evento acadêmico, em novembro, 18 alunos do curso de Design, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), colocaram a mão na massa e pintaram, no domingo (20), o prédio onde as aulas acontecem.

Depois de 12 horas de trabalho voluntário, 32 litros de tinta e muita disposição, a fachada e uma parte da área interna Cemuni IV, no Centro de Artes, no campus de Goiabeiras, em Vitória, ganhou um novo visual, mas a precariedade da estrutura, segundo os alunos, continua.

Infiltrações no teto, paredes emboloradas, banheiro quebrado e fiações expostas estão por toda a parte e são problemas recorrentes, de acordo com a estudante Thaís Marques, de 21 anos. A estudante disse que o compartimento individual do banheiro feminino está quebrado há mais de dois anos.

Os alunos relataram que a situação é tão crítica que é comum faltar até papel higiênico nos banheiros.

A presidente do Centro Acadêmico de Desenho Industrial (Cadi), Nina Ferrari, explica que uma das portas pintadas pelos alunos não via uma tinta nova há 20 anos.

A porta do Centro de Vivência foi arrombada e, segundo os alunos, o conserto demorou mais de um semestre.

O laboratório de informática também funciona precariamente. De acordo com eles, há muitas infiltrações na sala e o espaço costuma ficar inutilizável com frequência. Estudantes disseram que chegou a ficar dois meses fora do ar.

A ideia de renovar a pintura do prédio surgiu, segundo Nina, porque no mês que vem será realizada a Semana Design 2015 (S Design) no local.

O evento acadêmico, que contará com palestras, minicursos e oficinas, receberá profissionais e alunos de várias regiões do estado.

“Então tínhamos que fazer alguma coisa para receber melhor os visitantes. Se fôssemos aguardar a instituição, certamente não daria tempo. Tudo é muito burocrático”, reclama Nina.

Material vencido
Segundo os alunos, todo o material utilizado na pintura estava estocado em uma sala. As tintas já haviam vencido há dois anos. “São materiais que foram entregues com atraso, quando a demanda já nem existia mais, e venceram ali”, explicou Nina.

A Universidade Federal foi procurada, mas até o fechamento da resportagem não havia se pronunciado.

Fonte: G1-ES