NEGÓCIOS

Ambev tem queda no lucro no 1º trimestre, mas venda de cerveja cresce.

Lucro líquido caiu 20% frente a 1 ano antes, para R$ 2,316 bilhões.

Em 04/05/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A Ambev teve lucro líquido ajustado 20,1% menor e abaixo das expectativas do mercado no primeiro trimestre, conforme o crescimento de custos ofuscou volumes maiores de vendas.

Controlada pela AB InBev, maior cervejaria do mundo, a empresa anunciou lucro líquido ajustado de R$ 2,316 bilhões de janeiro e março, abaixo dos R$ 2,9 bilhões observados um ano atrás.

Já a receita líquida caiu 2,8% frente ao 1º trimestre do ano passado, para R$ 11,24 bilhões.

Vendas de cerveja crescem 3,4%

Em termos de volume, a Ambev apresentou no Brasil crescimento de 2,6% ante o primeiro trimestre do ano passado, para 27,5 bilhões de hectolitros (unidade de volume equivalente a 100 litros). Considerando só o mercado de cerveja, o crescimento foi de 3,4% em volume e de 1,1% na receita.

"Os volumes totais aumentaram 3,4% no trimestre, apesar da contínua retração do ambiente macroeconômico. Estimamos que os volumes da indústria de cerveja declinaram um dígito baixo. O premium continuou a crescer, com aumento de volume em dois dígitos", informou a Ambev, que comercializa no Brasil marcas como Skol, Brahma, Antarctica, Skol, Stela Artois, Budweiser e Colorado.

O custo dos produtos vendidos por hectolitro no Brasil subiu 29,1% na comparação anual, para R$ 96,90, enquanto a receita líquida aumentou 0,6% na mesma base, para R$ 228,90 por hectolitro, de acordo com o material de divulgação do balanço.

Perspectivas

Para 2017, a Ambev espera que o custo de produto vendido por hectolitro tenha alta de dois dígitos no primeiro semestre e se mantenha estável ou suba um dígito baixo no segundo.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 4,356 bilhões de janeiro a março, uma cifra 17,3% menor ante igual período de 2016 e inferior aos R$ 4,932 bilhões apontados por analistas ouvidos pela Thomson Reuters.

Desconsiderando depreciação e amortização, as despesas gerais e administrativas da empresa no país cresceram 1,5%, para R$ 1,82 bilhão.

Em relação às operações internacionais, a empresa vê tendência positiva de volumes de cerveja na América Latina Sul, mas segue cautelosa com o ambiente macroeconômico na Argentina.

Para América Central e Caribe, a Ambev diz que buscará elevar receita e expandir a margem Ebitda. Já no Canadá, o foco será equilibra volumes e preço, a fim de aumentar a rentabilidade.

Em 2016, a receita líquida da Ambev caiu 2,4%, para R$ 45,6 bilhões, no primeiro recuo de faturamento desde a criação da companhia em 1999.