ECONOMIA INTERNACIONAL

Anfavea: dólar em alta prejudica importação de peças para veículos

O dólar em alta aumenta o custo da produção no curto prazo

Em 29/10/2014 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan Yabiku Junior, disse hoje que o  dólar em alta aumenta o custo da produção no curto prazo tendo em vista a importação de peças e de componentes. Moan, no entanto, não informou se a pressão da moeda americana implica aumento de preços. Destacou que, no longo prazo, o dólar em alta “estimula a competitividade com o aumento das exportações: pois o produto brasileiro passa ficar mais barato”.

Moan esteve pela segunda vez esta semana no Ministério da Fazenda. Hoje, o encontro foi com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland. O tema foi avaliação das vendas e da produção do setor.

Na última segunda-feira, esteve com o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Rogério Caffarelli, para falar sobre o desempenho da indústria automotiva e a conjuntura econômica.

“O nosso encontro hoje foi algo absolutamente rotineiro. Não foi tratado nada sobre a necessidade de manutenção da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis, mas somos extremamente favoráveis à medida, já que defendemos, sempre, a redução da carga tributária. Todos nós [defendemos a redução], mas [o tema]não foi motivo da reunião com o secretário”, disse.

Segundo ele, o segundo semestre será bem melhor do que o primeiro para as montadoras e, se consideradas as vendas de julho a setembro, o setor já cresceu 3,7%, em comparação à média dos primeiros seis meses do ano. “Se for mantido o crescimento, o impulso produtivo será o indicador de que, em 2015, teremos números melhores do que em 2014”, concluiu.

Sobre o aumento da mistura da gasolina com o álcool combustível (etanol), defendida por técnicos do governo, ideia que enfrenta  certa resistência das montadoras, Moan disse que a Petrobras, em parceria com a Anfavea, está fazendo testes em laboratórios para verificar a viabilidade da medida, mas não há nada concluído. “Esperamos que haja uma conclusão até meados do próximo mês”, disse.

Fonte: Agência Brasil