POLÍTICA INTERNACIONAL

Apesar de boicote da oposição, começam as eleições no Quênia

Em 26/10/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Nairóbi – Os colégios eleitorais do Quênia abriram suas portas, nesta quarta-feira, às 6h (horário local, 1h de Brasília) para receber aos eleitores do pleito presidencial boicotado pela oposição.

O boicote foi notado nos centros de votação, onde a presença é sensivelmente inferior do que nas eleições realizadas no dia 8 de agosto, e que são repetidas hoje após serem invalidadas pelo Supremo Tribunal devido a irregularidades no processo.

No colégio Saint George’s de Kilimani, em Nairóbi, há uma queda no número de eleitores e também uma forte presença policial, com cerca de 20 agentes.

“Desta vez será mais fácil e mais rápido contar os votos”, explicou à Agência Efe, um observador da Comissão Eleitoral, órgão acusado pela oposição de não realizar reformas para evitar as mesmas irregularidades neste pleito, explica o boicote.

O observador reconhece que há menos pessoas, mas espera que elas apareçam ao longo do dia.

Opinião semelhante tem outro funcionário da Comissão. “Em duas horas votaram 50 pessoas na minha sala. O povo virá mais tarde”, assegura, e acrescenta: “está sendo uma jornada pacífica, e além disso temos segurança suficiente. Não temos medo”.

Em algumas partes do país, a votação transcorre normalmente, enquanto em outras como Kisumu, a terceira maior cidade do Quênia e tradicional reduto da oposição, os colégios eleitorais não puderam abrir ainda, afirma a mídia local, embora em caso que não se realizem hoje as eleições, a lei permitiria que acontecesse outro dia.

Kenyatta venceu as eleições do dia 8 de agosto, com 54% dos votos, mas o Supremo anulou os resultados para organizar, hoje, novas eleições” em estrita conformidade com a Constituição”.

No entanto, o principal partido da oposição, a Super Aliança Nacional (NASA, sigla em inglês), não acredita que este mandato tenha sido cumprido, por isso que seus seguidores se negam em participar.

 (Foto: Siegfried Modola/Reuters)