CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Após 5 anos de missão, sonda da Nasa entra na órbita de Júpiter.
Operação custou US$ 1,13 bilhão ao governo dos Estados Unidos.
Em 05/07/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Apos 5 anos de viagem, a sonda Juno entrou com sucesso na órbita de Júpiter, o maior planeta do sistema solar. Com transmissão ao vivo pela internet, a equipe na Nasa comemorou a inserção na magnetosfera à 0h54 desta terça-feira (5).
A sonda se aproximou sobre o pólo-norte do planeta, mostrando uma perspectiva inédita do sistema de Júpiter - incluindo as suas quatro grandes luas. Um laboratório da Nasa localizado em Pasadena, na Califórnia, administrou a missão Juno, chefiado pelo pesquisador Scott Bolton, que também ajudou a levar uma sonda a Saturno.
Esta é a primeira vez que Júpiter será visto abaixo da cobertura densa de nuvens. Por isso o nome Juno, uma homenagem à deusa romana que era esposa de Júpiter. As informações são da agência espacial americana.
Lançada em 5 de agosto de 2011, a sonda percorreu 716 milhões de quilômetros - quase 18 mil voltas na Terra - até o planeta e deve voltar a solo, se nada der errado, em 20 de fevereiro de 2018. Juno tem 3,5 metros de altura e 3,5 metros de diâmetro e é movida a energia solar, com uma velocidade que supera 265 mil km/h.
Todo o programa custou US$ 1,13 bilhão. A Juno foi a primeira missão que levou uma nave movida a energia solar comandada a partir da Terra, além de orbitar de pólo a pólo de um planeta. Nenhuma outra sonda chegou, até agora, tão perto da superfície de Júpiter.
O campo magnético do planeta é 20 mil vezes mais forte que o da Terra. Por isso, o grande perigo para visitar Júpiter com uma nave espacial. Outra questão é o fato de que a Juno não foi projetada para operar dentro de uma atmosfera e passará por um período de “queimação” enquanto estiver orbitando.
Segundo a Nasa, o principal objetivo da missão é entender a origem e a evolução do planeta. Conhecer o que há abaixo da densa cobertura de nuvens. Com um conjunto de instrumentos, a sonda vai investigar a quantidade de água e amoníaco na atmosfera profunda. Recentemente, já foi possível avistar a aurora boreal do planeta.
Fonte: g1-SP