ESPORTE NACIONAL
Após atingir marca aos 23, Neymar se vê entre os três melhores do mundo
Jogador diz que por tudo que tem feito na temporada merece estar na lista da próxima segunda.
Em 29/11/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Jeitão Stephen Curry, estrela do Golden State Warriors da NBA. Assim Neymar definiu o estilo de cabelo que tem usado nos últimos tempos quando encontrou a reportagem do GloboEsporte.com. Culpou Daniel Alves pelo novo visual, feito às pressas no vestiário antes de um treinamento do Barcelona. Foi com esse bom humor que iniciou o bate-papo na última quarta-feira, em Barcelona. Falou de recorde, de números, da vontade de estar entre os três melhores jogadores do mundo da Fifa e contou histórias. Uma delas da final da Libertadores de 2011, vencida pelo Santos.
- Não usava o cabelo assim desde 2009. Mas vem coisa nova aí – prometeu.
A partir daí o assunto passou a ser a bola. Ao balançar a rede na goleada do Barcelona por 4 a 0 sobre o Real Madrid, Neymar chegou aos 250 gols em jogos oficiais na carreira (não contando amistosos sem súmula e jogos por seleções de base e olímpica). Utilizando o mesmo critério, o craque brasileiro só fica atrás de Pelé, que atingiu a marca aos 21 anos defendendo o Santos. Porém, ela bate nomes de peso como Messi (chegou ao feito aos 24 anos), Cristiano Ronaldo (26), Ronaldo (26) e Romário (28).
- Eu almejo sempre ganhar. A cada jogo a gente se prepara para vencer. Antes de começar uma partida, o que eu almejo é vencer os campeonatos que eu disputo pela Seleção e pelo Barcelona. Vou me preparando a cada momento para fazer o meu melhor – disse o jogador.
Os números de Neymar são tão impressionantes que ele marcou gols em todas as finais que disputou e venceu até aqui. Foram dez competições profissionais (contando decisões que foram em duas partidas). Nos jogos decisivos que não balançou a rede, a sua equipe não saiu com o caneco (quatro).
- Nunca joguei para ser o melhor do mundo ou pela Bola de Ouro. Sempre joguei para ser melhor do que eu mesmo, para sempre superar as minhas metas, sempre sendo melhor. Jogando melhor, treinando melhor. Ser o melhor do mundo é consequência desse trabalho. Se falam disso hoje é porque o meu trabalho está dando certo. Quero dar continuidade.
E tais números, principalmente pelo que fez na última temporada o credenciam a estar na lista dos três melhores jogadores do mundo. A Fifa vai anunciar os finalistas na próxima segunda-feira. Questionado se merece estar entre os três, Neymar não ficou em cima do muro.
- Acho que sim, pelo que eu venho fazendo. Ficaria feliz se o tridente (Messi, Suárez e Neymar) estivesse entre os três. Por toda a história que estamos fazendo, pelo que estamos conquistando, os três deveriam estar ali. Ficaria feliz. Mas não é algo que me importo, que fico pensando, que acho fundamental. Deixamos de lado. Queremos só disputar as competições e ganhar. Mas fecharia bem o ano.
Durante a conversa, Neymar tinha que apontar três gols como os mais bonitos. Abriu um sorriso e pediu para apontar mais. O número dobrou e ele escolheu seis. O primeiro da carreira, contra o Mogi Mirim, pelo Campeonato Paulista, em 2009. O marcado contra os Estados Unidos, em agosto de 2010, em seu primeiro jogo com a amarelinha e o do debute pelo Barcelona.
- Esses não podem faltar.
Na sequência da lista, Neymar escolheu os gols marcados em três finais. O primeiro, na decisão de Libertadores atuando pelo Santos. O outro na final da Copa das Confederações, a bela bola na rede no jogo diante da Espanha, no Maracanã. Por fim, o gol marcado na decisão da Liga dos Campeões, contra o Juventus.
A decisão da Libertadores contra o Peñarol, por sinal, Neymar tem história boa para contar. Na véspera da partida, ele e Paulo Henrique Ganso não conseguiram dormir por conta da ansiedade pelo jogo final.
- Vou contar a história toda. Eu e Ganso dividíamos o quarto. Ficamos conversando e chegou um determinado momento, nós decidimos dormir. Lá pelas três da manhã, ele vira para o lado e pergunta: “dormiu’? Eu respondi: “não”. Continuamos a conversar. Lá pelas quatro e meia, tentamos dormir de novo. Passou um tempo, eu perguntei: “dormiu”?. Ele respondeu: “não” (risos). Continuamos a conversar e fomos dormir lá pelas seis e meia. Acordamos meio-dia, almoçamos e voltamos para descansar até a hora de sair para o jogo. Aquilo não influenciou o nosso desempenho. O time estava bem mentalmente.
Fonte:GE