ECONOMIA NACIONAL
Após cair pela manhã, dólar sobe e passa a operar acima de R$ 4.
No mês de fevereiro, o dólar acumula queda de 1,84%.
Em 26/02/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O dólar anulou a queda e passou a subir frente ao real nesta sexta-feira (26), acima de R$ 4, reagindo a operações típicas de fim de mês relacionadas à rolagem de posições e à briga pela formação da Ptax (taxa calculada pelo BC como referência para diversos contratos cambiais).
Mais cedo, a moeda norte-americana chegou a recuar a R$ 3,9306, refletindo o avanço dos preços do petróleo, expectativas de estímulos na China e dados fortes sobre a economia dos Estados Unidos.
Às 13h43, a moeda norte-americana subia 1,54%, a R$ 4,0109.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h10, alta de 0,3%, a R$ 3,9622.
Às 9h40, alta de 0,09%, a R$ 3,9536.
Às 10h10, queda de 0,11%, a R$ 3,9455.
Às 10h40, queda de 0,32%, a R$ 3,937.
Às 11h19, queda de 0,18%, a R$ 3,9429.
Às 11h50, alta de 0,11%, a R$ 3,9547.
Às 12h09, alta de 0,37%, a R$ 3,9648.
Às 12h30, alta de 0,79%, a R$ 3,9813.
Às 12h50, alta de 0,62%, a R$ 3,9748.
"O mercado fica pouco previsível quando chega o fim do mês, a gente sabe que tem fatores como a Ptax que levam o real a se descolar dos fundamentos", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado à agência Reuters.
A Ptax é uma taxa calculada pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais. Operadores costumam disputar para influenciar as cotações, mais favoráveis a suas posições no final do mês.
Além disso, muitos operadores relutavam em vender dólares a cotações muito baixas, uma vez que muitos acreditam que a moeda norte-americana deve voltar a subir em meio ao cenário político e econômico conturbado no Brasil.
Essas operações levaram o real a se descolar do otimismo visto nos mercados externos. Os preços do petróleo subiam nesta sessão em meio à forte demanda por gasolina nos Estados Unidos e a expectativas de ações da Opep, apesar do excesso de oferta global.
"O apetite por risco continua", resumiram analistas do Scotiabank em nota a clientes.
Também contribuiu para o ânimo mais cedo declarações do presidente do banco central da China, Zhou Xiaochuan, de que o país ainda tem espaço e ferramentas para estimular a segunda maior economia do mundo.
Por fim, ajudaram ainda dados mostrando que o crescimento econômico dos EUA desacelerou menos do que o inicialmente publicado no quarto trimestre. O impacto desses números era menor em mercados emergentes, já que podem abrir espaço para o Federal Reserve, banco central norte-americano, voltar a elevar os juros mais cedo do que o esperado.
Na véspera, o dólar perdeu 0,17%, vendido a R$ 3,95. Na semana, a moeda cai 1,8%. No mês de fevereiro, o dólar acumula queda de 1,84%. No ano, a variação positiva é de 0,05%.
Ação do BC
O Banco Central brasileiro concluiu nesta manhã a rolagem integral dos swaps cambiais que vencem em março, que equivalem a US$ 10,118 bilhões. O próximo lote de swaps vence em 1º de abril de 2016 e equivale a US$ 10,092 bilhões.
Por meio dos contratos de “swap cambial”, o BC realiza uma operação que equivale à uma venda de moeda no mercado futuro (derivativos), o que reduz a pressão sobre a alta da moeda.
Fonte:G1