CIDADE
Após destruição na orla, movimento em Meaípe é abaixo do esperado
Comerciantes notaram queda no movimento em restaurantes da região.
Em 20/08/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A destruição causada pelo avanço da maré na na orla de Meaípe, em Guarapari, já refletiu no movimento de turistas e clientes na região. Mesmo com sol, este sábado (19) foi de mesas vazias e prejuízo na maioria dos restaurantes, segundo os proprietários.
No último final de semana, a ressaca derrubou o resto de um muro da orla e invadiu a avenida conhecida como Beira-Mar. Durante a noite, quatro árvores caíram. A Defesa Civil, que já tinha interditado a orla da praia, fechou parte da avenida. Nesta quinta-feira (17), o prefeito decretou estado de emergência e decidiu antecipar a construção de um muro de arrimo.
O problema do avanço do mar é antigo. Há pelo menos dois anos os comerciantes e moradores de Meaípe acompanham a redução da faixa de areia.
Mar tranquilo
Neste sábado (19), o mar estava tranquilo e alguns banhistas aproveitaram a praia. Mas, mesmo assim, comerciantes contam que já estão sentindo os reflexos da erosão que destruiu parte da orla.
A proprietária de um restaurante na Beira-Mar, Yasmin Ataíde, disse que, em outros sábados, o movimento seria até quatro vezes maior. “Turista quer praia e a nossa praia está muito prejudicada pela ação do tempo, pelo descaso”, explicou.
Virgílio Campos, que também tem um restaurante na região, concordou.”Esse fim de semana, está um solzinho bacana, mas infelizmente a gente não pode desfrutar da praia. Normalmente a gente teria um movimento um pouco melhor, então realmente afetou mesmo. É um conjunto [de fatores]”, disse.
O advogado Sérgio Lemos, esteve no local com a esposa neste sábado. Como visitante, ele acredita que a situação da praia pode realmente afastar os turistas e clientes do comércio local.
“O ponto de atração é a praia. A partir do momento que a pessoa passa e não vê mais a praia, ela tem outros cenários mais estimulantes. Então o comércio vai ser diretamente afetado por isso”, disse.
Idalina Vieira Matos tem um restaurante em frente a uma parte da praia que não foi afetada pela erosão. Mesmo assim, ela fica preocupada com a situação que vê.
“Eu fiquei preocupada quando vi a castanheira virando, não imaginava que isso fosse acontecer, me deu uma dor por dentro. Foi horrível, foi triste ver a cidade da gente assim. A faixa de areia está diminuindo. A rua aqui está normal, os carros estão passando. O que atrapalha é a areia que está sumindo. Eu quero ver essa praia cheia, com uma extensão boa de areia, e tem promessa de engordar a praia, eu estou nessa esperança”, falou.
(Foto: Reprodução/ TV Gazeta)