POLÍTICA INTERNACIONAL

Após união de 47 anos, Reino Unido deixa UE nesta sexta-feira

Uma jornada melancólica para muitos, mas que era aguardada com ansiedade.

Em 31/01/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Simon Dawson/ Reuters

Após três anos e meio de um debate que dividiu o Reino Unido, finalmente chegou o grande dia. Uma jornada melancólica para muitos, mas que era aguardada com ansiedade por uma parcela significativa da população – 17,4 milhões dos 66 milhões de britânicos, segundo o plebiscito do Brexit.   

A partir das 23h (20h em Brasília) desta sexta-feira (31), a segunda maior economia da União Europeia não será mais considerada um Estado-membro do mais bem-sucedido projeto de integração política, social e econômica do mundo.   

O Brexit determina o fim de uma união de 47 anos que jamais foi plena: ao contrário de outros 19 países da UE, a “ilha rebelde” nunca quis adotar o euro, e o sentimento europeísta entre os britânicos raramente foi majoritário.   

“Uma vez que sairmos, não voltaremos nunca mais à União Europeia”, afirmou o eurodeputado (até as 23h desta sexta) Nigel Farage, que liderou a campanha pelo Brexit em 2016, ao lado do atual primeiro-ministro Boris Johnson.   

Em Londres, um homem levou ao extremo esse sentimento eurocético e incendiou uma bandeira da UE, enquanto era filmado por outros “brexiteers”. Recém-empossada presidente da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen disse que os três anos e meio de discussões serviram para mostrar a “importância da união”.   

“Hoje abrimos um novo capítulo, é a história de velhos amigos e novos inícios”, declarou.   

Rompimento – O Brexit foi aprovado em um plebiscito realizado em 23 de junho de 2016, por um placar de 51,89% a 48,11%.   

Os eurocéticos, liderados por Johnson e Farage, desejavam retomar a plena autonomia do Reino Unido e restringir o fluxo de migrantes, enquanto os europeístas alegam que o Brexit foi fruto de uma ampla campanha de desinformação e notícias falsas.  (ANSA)