A cada semana, cardápios são elaborados por uma nutricionista responsável que orienta quanto à preparação e sobre a quantidade e qualidade, respeitando as necessidades nutricionais de cada idade.

Uma alimentação saudável e nutritiva é o que a Secretaria Municipal de Educação (Semed) oferece a cerca de 15.500 estudantes da rede municipal de ensino que estão distribuídos nas 54 unidades escolares, que vai do desjejum até as refeições. Essa é mais uma das formas de investimentos que a gestão faz e que tem o objetivo de atender as necessidades nutricionais dos estudantes durante sua permanência na escola, contribuindo para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem e o rendimento escolar dos alunos, promovendo também bons hábitos alimentares.

Em Aracruz, o desjejum já é oferecido há algum tempo e, nas aldeias, os alimentos são típicos, como banana da terra, tapioca, e outros. Em escola de horário parcial, são oferecidas duas refeições e, em escola de tempo integral, quatro refeições. A cada semana, cardápios são elaborados por uma nutricionista responsável que orienta quanto à preparação e sobre a quantidade e qualidade, respeitando as necessidades nutricionais de cada idade. Os estudantes que possuem alguma restrição alimentar, como os celíacos, com diabetes, alergias e intolerâncias alimentares também são atendidos com produtos específicos e outros. As alterações pontuais feitas nos cardápios são para diversificar os grupos da nutrição com carboidrato, proteína, hortaliça, leguminosa e frutas, entre outros componentes que venham a suprir a nutrição. 

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que regula o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), realizou em 2020 uma atualização da legislação do programa restringindo a presença de açúcar para menos de três anos e alimentos ultraprocessados no cardápio da alimentação nas escolas. Em Aracruz, as orientações são seguidas e o município avança nessa questão. Com o retorno das atividades presenciais, a Semed está oferecendo alimentação aos estudantes. São investidos mais de R$ 3 milhões por ano. O município investe mais de 30% na compra dos alimentos do Programa Agricultura Familiar, de produtores rurais de Aracruz  e das cidades do entorno.

Foto: Vinícius Gardiman/Secom-PMA

Em visita às unidades escolares constatamos de perto a oferta da alimentação saudável. No Centro Municipal de Ensino Básico (CMEB) “Honório Nunes de Jesus”, onde a alimentação também é bem aceita entre os estudantes, a Naiara Nunes do Nascimento, 10 anos, que está cursando o 5⁰ ano no CMEB, disse que a comida é tão boa que ela até repete.

“A comida servida aqui na escola é muito boa, bem temperada e feita com muita vontade. Eu gosto muito de me alimentar aqui e até chego a repetir de tão gostosa que é. E a fruta que mais gosto é a goiaba que eles dão após a refeição. Pra mim, a comida que as ‘tias’ preparam é nota dez”. 

Já a manipuladora Elisângela Barcellos da Conceição, que atua no CMEB, comentou que ver os alunos comendo com vontade a deixa muito feliz.

“É uma satisfação e alegria ver as crianças se alimentando com vontade, elogiando o cardápio do dia. Mais ainda é saber que eu e minhas colegas estamos preparando um alimento que é o melhor para os estudantes, tudo muito saudável. As comidas que os deixam com mais vontade de repetir são a carne ensopada, picadinho de carne, carne moída com macarrão e o feijão tropeiro”, comentou.

“Pensar na alimentação mais saudável vai muito além de preparar e servir os alimentos nas escolas de todo o município, é proporcionar hábitos e uma oportunidade de restringir o consumo de determinados produtos dentro do ambiente escolar, favorecendo uma alimentação mais limpa e saudável, adequada para cada idade. Assim, as crianças crescem incentivadas a adquirirem novos hábitos”, disse a nutricionista Daiene Souza Gonçalves. 

A diretora do CMEB, Solange Siqueira Magalhães, ressaltou que a comida feita na escola é para que haja o equilíbrio dos nutrientes.

“Desde a elaboração do cardápio semanal, a comida oferecida aos estudantes, que é muito bem aceita por todos, é feita com muito amor e carinho pelas nossas manipuladoras. Tudo é pensado em prol do desenvolvimento dos nossos estudantes. É satisfatório vê-los na fila para serem servidos o alimento que são bem aceitos por eles”. 

Para a secretária da pasta, Jenilza Spinassé, disponibilizar uma alimentação de qualidade contribui para o bom desenvolvimento.

“Com a oferta dos alimentos constantes nos cardápios, as nossas escolas acabam atuando como formadores de bons hábitos alimentares. Contamos com uma equipe que trabalha muito focada para manter a organização de um cardápio saudável para as nossas crianças e jovens. Com uma estrutura adequada e profissionais qualificados, iniciamos o ano letivo com as ferramentas necessárias para oferecer uma alimentação escolar de boa qualidade”, disse. 

Alimentação mais saudável

A Resolução Nº 06/2020, que atualizou as normas para a execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) visa  garantir um cardápio saudável aos alunos de todas as etapas da educação básica pública. Com isso, as unidades escolares oferecem mais frutas e hortaliças e incluem a obrigatoriedade de alimentos fonte de ferro como carnes (bovina, suína e aves), aves e peixes no mínimo quatro vezes por semana.

Além disso, a referida Resolução proíbe alimentos ultraprocessados como açúcar, mel e adoçante nas preparações culinárias e bebidas para crianças de até dois anos, e restringe até os 3 anos. Também há a restrição de produtos cárneos embutidos, aves temperadas, empanados e pratos prontos, conservas, bebidas lácteas com aditivos ou adoçados, legumes ou verduras em conserva, biscoito, bolacha, pão, bolo, margarina e creme vegetal. (Por Thiago de Barros-Secom/PMA)

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