SAÚDE
Arcebispo de Vitória critica ONU por sugerir aborto em tempos de zika.
Dom Luiz Mancilha rechaça proposta da Organização das Nações Unidas.
Em 08/02/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O arcebispo de Vitória, Dom Luiz Mancilha Vilela, chamou de perversidade e crime, a recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU) para que mulheres grávidas de bebês com microcefalia, provocada pelo zíka vírus, sejam autorizadas a fazerem aborto.
Segundo Dom Luiz, apenas Deus tem o direito de dar e tirar a vida e as famílias devem encarar essa situação como uma missão de Deus. “A vida é dom de Deus, se a criança vem desta forma, ela tem direito a vida, não há porque tirar a vida dela”, afirmou.
O arcebispo disse que, em mais de 40 anos de padre, acompanhou casais com filhos especiais e que isso não era um problema para eles, pois um filho especial leva alegria e amor para o lar. “Um filho especial une a família num só coração. Ele presta um serviço extraordinário. É perverso, é vergonhoso pensar na possibilidade de aborto. Aborto é crime e não há crime que se justifique”, contou.
Para as famílias que têm ou esperam bebês com microcefalia, a mensagem de Dom Luiz é para que elas não percam a esperança. “Cubram essa criança de amor e carinho. Ela é dom de Deus, presente de Deus para nós e sua família”, disse.
A ONU sugeriu que a lei seja modificada em países onde o aborto é proibido, como é o caso do Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, aborto só tem amparo legal no país em três situações: quando não há outro meio de salvar a vida da mulher, quando a gravidez é resultado de estupro e nos casos de anencefalia, quando o feto nasce sem cérebro.
Fonte: G1-ES