NEGÓCIOS
ArcelorMittal amplia em 6% os investimentos no Brasil.
O maior projeto da ArcelorMittal no Brasil é a duplicação da usina de João Monlevade.
Em 13/05/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O grupo ArcelorMittal ampliou em 6% os investimentos no Brasil no primeiro trimestre na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. O Capex (aporte em bens de capital) da companhia somou US$ 143 milhões, ante US$ 135 milhões nos três primeiros meses de 2014, conforme balanço divulgado na última quinta-feira pela companhia.
O segmento Brasil compreende as operações de aços planos no País, e de longos tanto em território brasileiro quanto em nações da região, como, por exemplo, Argentina e Venezuela, na América do Sul, e Costa Rica, na América Central.
Os investimentos feitos pela companhia na região correspondem a 19% do Capex global no período, que totalizou US$ 745 milhões. O montante é 14,8% inferior ao registrado no primeiro trimestre do exercício passado, quando somou US$ 875 milhões.
O maior projeto da ArcelorMittal no Brasil é a duplicação da usina de João Monlevade, na região Central do Estado. O projeto foi retomado em 2013, após ficar cerca de um ano e meio em espera. Porém, o empreendimento foi dividido em duas fases.
A primeira etapa, orçada em R$ 352 milhões, compreende a instalação do terceiro laminador com capacidade de 1,1 milhão de toneladas anuais, que deverá ser concluída ainda em 2015. Além disso, os aportes englobam a ampliação das usinas de Juiz de Fora (Zona da Mata) e Cariacica (ES).
Sinterização - Já a segunda etapa, ainda em stand-by, compreenderá a construção de uma nova sinterização e um novo alto-forno. Além disso, a companhia irá dobrar a produção da aciaria, que atingiria 2,4 milhões de toneladas de tarugos por ano.
Com a retomada de parte deste plano, a ArcelorMittal Aços Longos passará de uma capacidade de 3,8 milhões de toneladas/ano de aços laminados para 4,9 milhões de toneladas/ano.
Além disso, no final do ano passado, a companhia anunciou que vai investir R$ 50 milhões na ampliação da unidade de Sabará (RMBH). Os aportes serão feitos em uma linha de barras usinadas de alta precisão, com capacidade de aproximadamente 40 mil toneladas anuais.
Esses produtos deverão atender à demanda da indústria automotiva, uma vez que são utilizados na produção de componentes, como, por exemplo, barras estabilizadoras, válvulas hidráulicas e hastes para amortecedores.
Resultados - Conforme o balanço financeiro do grupo, as vendas no segmento Brasil somaram US$ 2,119 bilhões entre janeiro e março. O montante é 10% inferior ao registrado no mesmo intervalo do exercício passado, quando atingiu US$ 2,356 bilhões.
O Ebitda, lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização, recuou 11,2% na mesma base de comparação. O resultado passou de US$ 425 milhões para US$ 377 milhões no primeiro trimestre.
Em seu resultado global, o grupo siderúrgico registrou prejuízo líqüido de US$ 728 milhões no 1º trimestre. Entre janeiro e março do ano passado, o resultado ficou negativo em US$ 205 milhões.
Fonte: Diário do Comércio (MG)