POLÍTICA INTERNACIONAL

Ataque da Rússia pode acontecer nesta quarta, diz Ucrânia

Previsão é do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, divulgada nesta segunda-feira (14).

Em 14/02/2022 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Valentyn Ogirenko/Reuters

O ataque russo ao país está programado para a próxima quarta (16) e, portanto, estabeleceu o “Dia da Unidade Ucraniana” para a mesma data.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou nesta segunda-feira (14) que foi informado de que o ataque russo ao país está programado para a próxima quarta (16) e, portanto, estabeleceu o “Dia da Unidade Ucraniana” para a mesma data.

"Disseram-nos que 16 de fevereiro será o dia do ataque. Faremos o Dia da Unidade. Já assinei o decreto pertinente. Neste dia, penduraremos bandeiras nacionais, colocaremos fitas azuis e amarelas e mostraremos nossa unidade para o mundo inteiro", disse, em uma mensagem por vídeo aos ucranianos.

Vale lembrar que nesse mesmo dia o presidente Vladimir Putin encontrará com o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, em Moscou. Segundo planejamento do Ministério das Relações Exteriores, o mandatário deve chegar ao território russo nesta terça-feira. Entre os compromissos marcados, está a recepção do chefe do Kremlin no aeroporto e um encontro formal horas depois.

Além disso, Bolsonaro terá encontros com políticos da Duma, o Parlamento baixo russo, e também com empresários locais. O principal ponto da pauta será debater o fornecimento de fertilizantes para a agricultura nacional.

Zelensky explicou ter sido informado pelos Estados Unidos de que 16 de fevereiro será o dia da invasão russa, mas acrescentou que "não é a primeira vez" que essa data é mencionada.

"O nosso país está mais forte do que nunca", disse ele, convidando toda a população a "acenar as bandeiras ucranianas e vestir as cores nacionais". "Faremos de 16 de fevereiro o dia da unidade", enfatizou.

O presidente ucraniano garantiu que o governo local também sabe "claramente onde o exército estrangeiro está perto de nossas fronteiras, seus números, suas localizações, seus equipamentos e seus planos".

Durante seu pronunciamento, o líder enfatizou que quer paz e quer resolver todas as questões exclusivamente por meio de negociações, além de elogiar o próprio exército, "mais forte do que há oito anos".

Ontem, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse, em entrevista à CNN, que os Estados Unidos acreditam que a Rússia pode invadir a Ucrânia a qualquer momento, mas ainda espera que soluções diplomáticas sejam encontradas.

O governo da Rússia ainda não se pronunciou sobre a situação, mas tem alegado que não pretende invadir o país vizinho. De acordo com agências de inteligência do ocidente, cerca de 100 mil soldados russos estão mobilizados na fronteira com a Ucrânia. (ANSA). 

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