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Atentado suicida atribuído ao PKK mata militares na Turquia.

Segundo Ancara, pelo menos 260 combatentes morreram e quase 400 ficaram feridos.

Em 02/08/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Dois soldados turcos morreram e 31 ficaram feridos, quatro deles em estado grave, em um atentado suicida neste domingo (2) atribuído à rebelião curda, ao mesmo tempo que Ancara prossegue com os bombardeios contra as bases do PKK no Iraque.

Um trator com explosivos avançou na manhã deste domingo (2) contra um edifício da polícia na região de Agri, leste da Turquia, segundo a agência oficial Anatolia.

Este é o primeiro ataque do tipo desde que a trégua entre a guerrilha e o exército turco deixou de ser efetiva há 10 dias.

Em outro ataque atribuído neste domingo ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), um soldado turco morreu e quatro ficaram feridos na explosão de uma mina durante a passagem de um comboio militar por uma estrada da província de Mardin (sudeste).

Desde que o PKK retomou em 22 de julho os ataques, pelo menos 17 integrantes das forças de segurança turcas morreram e dezenas ficaram feridos.

Ao mesmo tempo, a aviação turca executa grandes bombardeios contra as posições da guerrilha nas montanhas do Iraque, onde o grupo está entrincheirado há vários anos.

Segundo Ancara, pelo menos 260 combatentes morreram e quase 400 ficaram feridos nos ataques.

A situação dos civis iraquianos sob os bombardeios dos F-16 turcos contra o PKK começa a provocar preocupação.

As autoridades da região autônoma do Curdistão iraquiano anunciaram no sábado que seis civis morreram, enquanto a imprensa pró-curda citou um "massacre" com nove mortos.

O presidente da região, Masud Barzani, pediu ao PKK que deixe a região "para que os civis não se tornem vítimas desta guerra".

Para evitar as críticas da comunidade internacional e não prejudicar as relações com as autoridades do Curdistão iraquiano, a Turquia anunciou a abertura de uma investigação.

Ancara afirma que os bombardeios têm como alvos as bases logísticas do PKK, em zonas onde, segundo o serviço de inteligência turco, não há civis.

O gabinete do primeiro-ministro Ahmet Davutoglu reiterou que "o combate contra organizações terroristas continuará sem interrupção".

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan iniciou uma "guerra contra o terrorismo" que ataca de forma simultânea o PKK e o grupo Estado Islâmico (EI), acusado pelo atentado suicida de 20 de julho em Suruç (sul) que matou 32 jovens militantes curdos da Turquia.

Este ataque provocou represálias do PKK contra as autoridades, acusadas de falha na proteção aos curdos.

A situação rompeu a trégua decretada em 2013 e provocou o reinício de um conflito que provocou mais de 40.000 mortes em 30 anos.

Até o momento os bombardeios turcos se concentraram no PKK, atacado dezenas de vezes. Apenas três ataques foram registrados contra os combatentes do EI na Síria.

Agência Anatolia/G1