SAÚDE
Atividade física mais leve pode prolongar vida dos idosos
Pesquisa foi feita com 8 mil homens de entre 40 e 59 anos.
Em 20/02/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Algumas horas por semana de atividade física, mesmo de baixa intensidade, como passear ou se dedicar à jardinagem, poderiam diminuir o risco de morte nos homens idosos, sugere um estudo publicado nesta terça-feira (20).
O volume total de atividade física está associado a um menor risco de morte por qualquer causa, asseguram os autores do estudo publicado na revista médica "British Journal of Sports Medicine".
A pesquisa mostra que cada meia hora adicional de atividade de baixa intensidade por dia (colocar plantas em vasos, passear com o cachorro, etc.) está associado a uma redução de 17% do risco de falecimento.
Meia hora adicional de atividade moderada ou intensa reduz ainda mais o risco, em até 33%.
"As diretrizes britânicas e americanas sobre a atividade física não mencionam [até agora] nenhuma vantagem de uma atividade de intensidade leve", indica à AFP Barbara Jefferis, epidemiologista da University College London.
"Mas os resultados do estudo sugerem que todas as atividades, não importa sua intensidade, são saudáveis", explica.
O estudo teve início em 1978 com cerca de 8 mil homens de entre 40 e 59 anos de 24 cidades britânicas.
Entre 2010 e 2012, os 3.137 sobreviventes passaram por um exame médico e responderam a perguntas sobre seu estilo de vida e qualidade de sono.
O estudo acabou se concentrando em 1.181 homens que usaram um aparelho de acompanhamento do volume e intensidade do exercício físico durante sete dias.
Esses homens, de em média 78 anos, foram submetidos depois a análises periódicas durante cinco anos, um período em que 194 deles faleceram.
Os autores lembram que este tipo de estudos de observação não permitem estabelecer formalmente uma relação de causa e efeito.
Além disso, não está claro se as observações desse estudo podem ser aplicadas às mulheres idosas, embora a priori não haja motivos para que os resultados difiram, acrescentam os pesquisadores.
(Foto: Arek Socha /Pixabay)