Dirigentes da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) participaram na última quarta-feira (27) de reunião online para discutir o novo modelo de privatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) com o presidente da instituição, Júlio Castiglioni. Ele se mostrou aberto a ouvir as opiniões e críticas ao modelo anunciado pelo governo. A ATP abordou assuntos como as definições de poligonal, tempos de contrato e cobrança de outorgas.

"É muito interessante ouvir posições que nos provocam reflexões e nos desafiam a dar respostas ao processo. O problema tem solução, mas a solução tem seus problemas", afirmou Castiglioni.

Ele disse que a ideia é analisar as sugestões do setor e verificar a viabilidade das propostas. Segundo ele, a previsão é trabalhar com a estimativa de movimentação de 14 a 19 milhões de toneladas ao ano, que para o arranjo produtivo local significa dobrar a movimentação.

Pronto para deslanchar

O Porto de Vitória está pronto para deslanchar, avaliou o presidente da Codesa. Ele reconheceu que os TUPs desempenham importante função social e defendeu a coexistência de modelos como arrendamentos e TUPs. Disse ainda que vê a região de Barra do Riacho, em Aracruz (ES), com potencial de se tornar uma base logística com integração multimodal.

"Entendemos que a política pública deve ser voltada para o desenvolvimento do setor portuário e não só para a sobrevivência dos portos públicos. É uma visão maior e mais ampla que engloba a competividade do Brasil como um todo. Temos muitas possibilidades de ampliar a quantidade de TUPs no país que podem aumentar consideravelmente a produtividade do setor", observou o Diretor-Presidente da ATP, Murillo Barbosa. (Por Sérgio Tavares - AsImp/ATP)