EDUCAÇÃO
Atrasado em prova do Enem, jovem do ES vai estudar na Rússia.
Há alguns anos, ele perdeu o exame quando tentava entrar na Ufes.
Em 05/10/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
No ano em que ia tentar o vestibular da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Bruno Magalhães chegou atrasado e perdeu a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Mas isso não foi impedimento para que o jovem continuasse a buscar por formação. Agora, aos 28 anos, ele vai cursar Engenharia de Software em uma faculdade na Rússia, com bolsa de estudos de 100% e ajuda do governo local.
O capixaba, que iria tentar Engenharia Mecânica na Ufes, embarcou no início da semana rumo a Tyumen State University, que fica na cidade de mesmo nome, na região da Sibéria.
“Sempre tive essa vontade de estudar fora. Discordo do fato do estudante que não tem renda no Brasil ter que trabalhar. Além disso, a Rússia foi a única oportunidade de estudar em uma universidade que dá o curso da língua”, contou.
Ele revelou que ficou sabendo sobre as bolsas na internet e resolveu se inscrever. Para isso, teve de enviar currículo, documentação acadêmica e uma carta de apresentação. O futuro universitário diz que a oferta de bolsas faz parte da política de aproximação do bloco dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
“Fiz a inscrição e os resultados demoraram. Não estava acreditando. Quando fiquei sabendo até achei que fosse pegadinha”, disse o jovem. Além dele, outros doze brasileiros foram selecionados.
Desafios
Além da língua, que ele vai aprender na faculdade, um grande desafio que Bruno vai ter no novo país será o das baixas temperaturas. Afinal, Sibéria sempre foi sinônimo de frio e de terra inóspita. Ele está tranquilo.
“Lá, quando está quente, no verão, são 9 graus. Vou comprar roupas lá porque tudo é mais barato do que aqui. Tem que ter roupas especiais, o que eles chamam de segunda pele”, afirmou.
Para o futuro, ele pensa em uma vida bem diferente: quer conhecer vários lugares do mundo, viajando e trabalhando. A escolha da profissão teve a ver com isso.
“Há muitas oportunidades na área. A demanda é mundial. Países como Canadá, Irlanda, Nova Zelândia, Inglaterra, precisam desses profissionais. Quero cair no mundo para fazer mestrado e doutorado, aprender novas línguas”, completou.
Fonte: G1-ES