EDUCAÇÃO
Aula utiliza história de mulheres negras para combater o preconceito.
Desconstruir o racismo utilizando a história de mulheres negras.
Em 11/05/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Desconstruir o racismo utilizando a história de mulheres negras. Essa foi a forma encontrada pelo professor de História Fabrício Rufino, da Unidade Municipal de Ensino Fundamental (Umef) "Christiano Dias Lopes Filho", em São Conrado, para tratar do tema em sala de aula.
A história de heroínas negras, esquecidas pelos livros didáticos, como Dandara, Luiza Mahin, Carolina Maria de Jesus e outras personalidades que marcaram época na luta pela liberdade e por igualdade social, foi a estratégia utilizada pelo professor Fabrício Rufino para estudar o racismo.
As aulas para turmas do 8º ano da escola começavam com debates sobre a ausência de bonecas negras no comércio, seguidas de conversa sobre temas como racismo, racismo reverso, cotas raciais e meritocracia. E continuava com abordagens sobre a estética da mulher negra, os símbolos e seus significados para cada cultura, como o turbante e a abayomi.
“Uma cultura só pode ser compreendida a partir de seu contexto, daí a problematização do conceito de apropriação cultural”, explica o professor. Segundo ele, os alunos participaram de todas as etapas do projeto, com oportunidades para abordagens sobre a paternidade responsável, a questão de gênero e os papéis sociais de homens e mulheres. Os alunos também confeccionaram máscaras negras.
“As futuras gerações podem ser melhores. Daí nossa aposta diária em trabalhos que ressaltem o respeito ao outro. E essa diferença não é sinônimo de desigualdade. Reconhecer a diferença e respeitá-la nos torna seres humanos melhores.”, enfatiza o professor.