ESTÉTICA & BELEZA
Aumenta procura de homens por transplante capilar
De acordo com o especialista, a calvície é algo que incomoda muito o homem..
Em 09/06/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O cirurgião plástico Fabio Zamprogno tem observado uma procura maior de homens durante a quarentena pela cirurgia que corrige a calvície.
Apesar de, em tempos normais, registrar em seu consultório um número maior de pacientes mulheres, o cirurgião plástico Fabio Zamprogno notou que, após o início do isolamento social, o volume de homens interessados em procedimentos estéticos aumentou. A procura de praticamente 100% deles tem sido pelo transplante capilar, cirurgia que corrige a calvície.
De acordo com o médico, a calvície é algo que incomoda muito o homem.
“A cirurgia de correção, apesar de simples, pois o paciente vai para casa no mesmo dia, deixa os homens um pouco constrangidos em assumi-la enquanto estão trabalhando ou estudando”, explica.
Por conta disso é que Zamprogno acredita que muitos estão aproveitando a quarentena para se submeterem ao procedimento.
O cirurgião plástico explica que atualmente existem duas técnicas para a retirada das unidades foliculares. Na Follicular Unit Transplantation (FUT), uma pequena faixa de couro cabeludo é retirada da parte posterior da cabeça. Em seguida, os folículos capilares são separados no microscópio ou lupa, preparados e implantados na área calva. A cicatriz resultante é uma "linha" na região posterior do couro cabeludo, que fica praticamente imperceptível tampada pelos cabelos.
Técnica FUT
Vale ressaltar que a técnica FUT é indicada para pacientes com graus mais avançados de calvície, que já apresentem entradas acentuadas, rarefação e falhas extensas. A cirurgia possibilita maior aproveitamento dos fios retirados e transplantados, garantindo um resultado mais satisfatório, já que os que “pegarem” na área receptora não cairão mais. Além disso, o pós-operatório é rápido: de cinco a dez dias.
Outro benefício é que a FUT pode ser repetida, se necessário, até três vezes, dependendo da elasticidade do couro cabeludo do paciente, e ainda combinada com outras técnicas para a obtenção de resultados ainda melhores.
A outra técnica é a Follicular Unit Extraction (FUE), que consiste na retirada das unidades foliculares com o auxílio de equipamentos que eliminam a necessidade de cortes. No procedimento, é necessário raspar toda a área do couro cabeludo doadora e realizar diversos “furinhos” na região para que os fios sejam removidos. Por isso, as cicatrizes da cirurgia são puntiformes, mas também ficam disfarçadas pelos cabelos.
100% da faixa doadora
Na FUE, todos os folículos devem ser removidos antes de ser iniciada a colocação no couro cabeludo, o que torna o procedimento mais demorado e dispendioso. Além disso, são retiradas menos unidades foliculares do que na FUT, pois é necessário deixar espaço entre um orifício e outro na retirada dos bulbos para que a região doadora não fique com o cabelo muito rarefeito, visto que os fios retirados não crescerão mais.
“Na técnica FUT, conseguimos retirar uma média de 5 a 6 mil fios, pois aproveitamos 100% da faixa doadora. Na técnica FUE retiramos no máximo 2,5 mil fios. Por isso a técnica FUE está principalmente indicada para casos iniciais de calvície ou quando o paciente está sem elasticidade no couro cabeludo”, aponta.
O médico explica que, de forma geral, para dar início ao tratamento da calvície em pacientes mais jovens, o caminho mais indicado é o uso de medicamentos tópicos ou orais. Quando o problema está estabilizado busca-se um tratamento mais definitivo que é o transplante capilar. “Nenhuma das técnicas, entretanto, é superior à outra. Elas devem ser escolhidas caso a caso, oferecendo ao paciente a melhor possibilidade de solução para a melhora da sua autoestima, qualidade de vida e saúde”, finaliza o cirurgião. (Por Denise Klein - Com Trisde Comunicação)