CIDADE
Baía de Guanabara é tema de premiações de arquitetos.
As propostas devem abranger ainda a frente marítima da Bacia da Baía de Guanabara
Em 14/10/2014 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Trazer a questão ambiental para o debate urbano é o objetivo da 52ª Premiação Anual e do 31º Prêmio Arquiteto do Amanhã, cujo o tema deste ano é a Baía de Guanabara e suas implicações arquitetônica, urbanística e paisagística para a região metropolitana do Rio de Janeiro. Cêça Guimaraens, vice-presidenta de Relações Socioculturais do Instituto de Arquitetos do Brasil do Rio de Janeiro (IAB-RJ), disse que a expectativa é que possam ser apresentados trabalhos diversos envolvendo não só desenhos de mobiliário urbano, barcos, píer, mas também o tratamento da orla, as favelas, os espaços públicos e as motivações da baía na cadeia industrial.
De acordo com Cêça, as propostas devem abranger ainda a frente marítima da Bacia da Baía de Guanabara, trazendo um novo conceito de requalificação urbana da área. Segundo ela, a questão ambiental precisa ser colocada de uma maneira pública e mais fácil de ser entendida, “que ela se explique melhor para a sociedade”. Para Cêça, o assunto está muito restrito a especialistas e universidades, o que leva a produção sobre o assunto a ficar muito fechada.
É preciso, frisou, dar a conhecer a produção sobre esse lugar geográfico, que é a Baía de Guanabara, “tão importante para a região metropolitana do Rio, uma vez que congrega vários municípios ao seu redor, com sede próxima ao espelho d'água ou com distritos limítrofes a ele”. Sustentou a necessidade de se promover e divulgar os problemas ambientais. “A sociedade precisa acordar mais para isso”, ressaltou.
A vice-presidenta do IAB-RJ destacou que a Baía de Guanabara é um ”lugar magnífico”, mas está “maltratado. E a gente precisa dar a esse lugar geográfico mais projeção internacional”. Ela lembrou que a baía é conhecida pelo programa de despoluição, iniciado na década de 1990, mas reiterou que falta uma produção propositiva. A premiação visa exatamente incentivar a apresentação desse tipo de produção. “Podem até ser subsídios para ações de governo”, disse.
São indagações, por exemplo, o que a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), localizada na Ilha do Fundão, dentro da Baía de Guanabara, faz da sua orla? Ou como a prefeitura carioca trata o Parque do Flamengo ou o bairro da Urca? Cêça insistiu que a Baía de Guanabara é um tema desafiador tanto para o IAB, como para a classe.
Abertas a arquitetos, designers sociais, paisagistas, urbanistas, as duas premiações têm prazo final de entrega dos trabalhos no dia 28 de novembro, prevendo-se a divulgação dos vencedores no dia 12 de dezembro, durante a Festa Anual dos Arquitetos. Os editais estão disponíveis no site www.iabrj.org.br.
A 52ª Premiação Anual é aberta aos sócios titulares do IAB-RJ e aos arquitetos e urbanistas interessados em inscrever trabalhos de sua autoria. Já o Prêmio Arquiteto do Amanhã é aberto a profissionais recém-formados, que concluíram o curso de arquitetura e urbanismo em universidades e faculdades do estado do Rio de Janeiro, bem como a estudantes que estejam cursando a partir do 8ª período.
Fonte: Agência Brasil