POLÍTICA NACIONAL

Bancada evangélica quase dobra na Câmara Municipal de São Paulo.

Número de vereadores ligados a igrejas vai subir de 7 para 13.

Em 06/10/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O número de vereadores ligados a alguma igreja evangélica vai quase dobrar na próxima legislatura da Câmara Municipal de São Paulo. Os sete vereadores da atual legislatura foram reeleitos no último domingo (2), e pelo menos outros seis foram eleitos. Com isso, a chama "bancada evangélica da Câmara Municipal" vai crescer de 7 para 13 vereadores a partir de 1º de janeiro de 2017.

Presbítero da Igreja Bola de Neve, Eduardo Tuma (PSDB) foi reeleito e recebeu 70.273 votos, o maior pleito entre os evangélicos.

Tuma é autor do projeto de lei que criaria em 25 de dezembro o Dia do Combate à Cristofobia, vetado pelo prefeito Fernando Haddad.

"Se se considera a homofobia um crime, e é um crime que se deve punir, a cristofobia também é um crime e também deve ser punida", disse o vereador quando o projeto foi aprovado na Câmara.

Além dele, Atílio Francisco (PRB), Souza Santos (PRB), David Soares (DEM), Noemi Nonato (PR),  Patrícia Bezerra (PSDB) e Sandra Tadeu (DEM) também foram reeleitos.

Entre os novos vereadores, João Jorge (PSDB), da Assembleia de Deus, teve o maior número de votos, 42.404. Gilberto Nascimento Júnior (PSC), Rute Costa (PSD), também da Assembleia de Deus, André Santos (PRB), da Universal, Rinaldi Diglio (PRB), da Evangelho Quadrangular e Adriana Ramalho (PSDB) completam a bancada com seus primeiros mandatos.

Eduardo Tuma credita o aumento da bancada evangélica ao crescimento da igreja na sociedade. “A minha crença é que a Câmara é um pouco o reflexo da sociedade paulistana. Há diferentes vozes na sociedade que compõe a casa. A bancada evangélica ela também é um reflexo da representatividade deste segmento evangélico. O segmento cresceu, a representatividade também cresce”, afirma o vereador.

Ainda de acordo com Tuma, nem todos os vereadores representam exclusivamente a igreja. “Eu tenho outra representatividade junto, por exemplo, à minha classe profissional, que são os advogados, junto à minha colônia que é a colônia árabe. Tem que haver, sim, um somatório de fatores. Existem vereadores que são eminentemente evangélicos e existem vereadores que coligam com fatores diferentes.”

A vereadora Edir Sales (PSD) foi reeleita com 39.062 votos se diz cristã, mas garante não integrar a bancada evangélica.

Fonte: g1-SP