POLICIA
Barusco evita falar se havia corrupção na Petrobras durante governo FHC.
Ele informou que começou a receber propina na empresa em 1997 e por conta própria.
Em 10/03/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Ao depor hoje (10) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, o ex-gerente da estatal Pedro Barusco, indagado por deputados do PT, não respondeu se havia um esquema de corrupção na Petrobras durante o período de governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Porém, sem entrar em detalhes, informou que começou a receber propina na empresa em 1997 e por conta própria.
Barusco disse ainda que não ia se aprofundar sobre a questão pois está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo governo holandês. “Não vou entrar em detalhes sobre esse período. O que tenho a detalhar estou fazendo com o Ministério Público”.
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) criticou a postura de Barusco em evitar responder às perguntas dos parlamentares petistas sobre o início do recebimento de propina. A deputada disse que o depoimento de Barusco era de “meias verdades” e criticou: "Nós queremos aqui investigar os governos passados e o governo presente". " Estão querendo fazer uma meia CPI", completou Maria do Rosário.
O também petista Leo de Brito (AC) chegou a propor a Barusco uma delação premiada específica relativa ao período. "O senhor topa fazer uma delação premiada em relação aos fatos ocorridos antes de 2003?". O ex-gerente da Petrobras respondeu que teria que esperar o fim das investigações para saber que decisão tomar, mas que pensaria sobre o assunto.
O depoimento de Barusco começou por volta das 11h, na Câmara dos Deputados. No começo da CPI, ao falar sobre o volume de dinheiro movimentado por João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, o ex-gerente da Petrobras estimou que Vaccari Neto tenha recebido de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões. Disse ainda que se reuniu com o petista para tratar de propina e que, a partir de 2004, as comissões ilegais recebidas das empresas passaram a ser “institucionalizadas”.
Fonte: Agência Brasil