POLÍTICA INTERNACIONAL

Bolivianos rejeitam em referendo 3ª reeleição de Evo Morales.

Com 96,06% de votos apurados, 63,44% votaram contra a proposta.

Em 22/02/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Resultado preliminar do Órgão Eleitoral Plurinacional (OEP) da Bolívia informou, nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (22), que os bolivianos rejeitaram, em referendo popular, a reforma constitucional que permitiria ao presidente Evo Morales se candidatar a um quarto mandato (2020-2025). O referendo foi realizado neste domingo (21).

Segundo o OEP, após 96,06% de votos apurados, 63,44% dos bolivianos votaram contra a proposta. Outros 36,56% optaram pelo "Sim". Embora o resultado oficial não tenha sido divulgado, não há chance de virada.

No final da noite de domingo, as primeiras pesquisas já mostravam que os bolivianos estavam rejeitando a proposta.Segundo a emissora de TV privada ATB, 52,3% dos bolivianos votaram de forma contrária à proposta de uma nova reeleição do presidente Evo Morales. Outros 47,7% se mostraram favoráveis a proposta de um novo mandato de quatro anos.

A pesquisa foi realizada pela Opsos, com base em 100% dos votos. A expectativa era de que 6,5 milhões de pessoas votassem. Já o jornal boliviano 'El Deber' diz que o Não venceu com 51%, contra 49% do Sim.

O governo boliviano, no entanto, entendia a pesquisa como empate técnico.

Esta é a primeira e mais séria derrota política do presidente boliviano, no poder desde 2006, que contava em vencer com 70% a consulta popular.

De acordo com o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), 4,85% dos votos já foram apurados. Até agoram 63,4% disseram Não à possibilidade de uma nova reeleição, enquanto 36,6% votaram no Sim.

Votação adiada
Na reta final da votação, que terminou às 16h locais (17h de Brasília), algumas seções não funcionaram de maneira adequada, provocando o protesto de eleitores, como em Santa Cruz (leste do país), onde algumas pessoas queimaram urnas e cédulas vazias.

Com isso, o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) anunciou que adiou até 6 de março a votação do referendo constitucional em dois colégios eleitorais, totalizando 35 seções.

Fonte: G1