ECONOMIA INTERNACIONAL

Bolsa cai em setembro e tem pior mês desde março de 2020

Bolsa cai 6,57% em setembro e foi o pior mês desde 2020, no início da pandeia da covid-19.

Em 01/10/2021 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: © Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O dólar comercial iniciou o dia em queda, chegando a cair para R$ 5,37 na mínima do dia, por volta das 9h45.

Em mais um dia de instabilidade no mercado financeiro, a bolsa de valores caiu após subir durante a maior parte do pregão. O dólar iniciou o dia em baixa, mas fechou com pequena alta, após o Banco Central intervir no câmbio e impedir que a cotação ultrapassasse R$ 5,50.

O índice Ibovespa, da B3, fechou esta quinta-feira (30) aos 110.979 pontos, com queda de 0,11%. O indicador chegou a subir 1,14% na máxima do dia, por volta das 12h30, mas reverteu o movimento durante a tarde e passou a cair, com o agravamento das incertezas econômicas no Brasil e a queda na bolsa norte-americana.

O Ibovespa encerrou setembro com queda de 6,57%. Esse foi o pior mês para a bolsa desde março de 2020, no início da pandemia da covid-19. Em 2021, o indicador acumula baixa de 6,75%.

O mercado de câmbio também teve uma reversão de expectativas durante a sessão. O dólar comercial iniciou o dia em queda, chegando a cair para R$ 5,37 na mínima do dia, por volta das 9h45. No entanto, com o início das negociações internacionais, a moeda passou a subir e fechou o dia vendida a R$ 5,446, com alta de 0,29%. A cotação está no maior nível desde 27 de abril (R$ 5,46).

A moeda norte-americana só não subiu mais por causa da atuação do Banco Central. Pouco antes das 16h, a cotação chegou a R$ 5,47. No entanto, a autoridade monetária leiloou US$ 500 milhões em contratos de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro.

A divisa encerrou setembro com alta de 5,36%, a maior valorização desde janeiro deste ano (5,53%). Em 2021, o dólar acumula alta de 4,97%. Apenas no terceiro trimestre, a cotação subiu 9,51%.

Tanto fatores internos como externos contribuíram com a turbulência no mercado financeiro. Nos Estados Unidos, a aprovação de uma resolução que impede a paralisação do governo norte-americano pelos próximos meses acalmou os investidores, mas foi insuficiente para reverter o pessimismo no mercado global. A expectativa de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) comece a retirar os estímulos monetários concedidos desde o início da pandemia continuou a derrubar as bolsas.

No Brasil, as incertezas em torno de uma eventual prorrogação do auxílio emergencial, para compensar o atraso na aprovação da reforma do Imposto de Renda, voltaram a pressionar o mercado. Paralelamente, a cotação do dólar foi influenciada pela formação da taxa Ptax, taxa baseada no câmbio médio do dia que rege diversos contratos de derivativos e a parcela da dívida pública vinculada ao câmbio. (Por Wellton Máximo/Agência Brasil)

Leia também:

Na Alemanha, índice Ifo das empresas cai a 98,8 em setembro
BC do Japão mostra pessimismo na exportação e indústria
Inadimplentes: 56,4% das dívidas dos são pagas em até 60 dias
Mercado financeiro eleva projeção da inflação para 8,35%
Ministério mantém previsão de crescimento da economia
Governo encaminha plano de redução de benefícios fiscais
BC publica relatório e normas sobre gestão de riscos climáticos
Ministro defende aumento “modesto e moderado” para BF
Maioria dos consumidores quer carros elétricos para compra
Petrobras tem forte governança para evitar qualquer desvio
Produção de motocicletas no Brasil cresce 30,2% em agosto

TAGS:
BOLSA DE VALORES | IBOVESPA | MERCADO FINANCEIRO | DÓLAR | BANCO CENTRAL