ECONOMIA INTERNACIONAL
Bolsa de Tóquio entra em território baixista com fraqueza do petróleo.
Os setores petrolífero e de transporte marítimo lideraram as perdas na bolsa japonesa hoje.
Em 20/01/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A Bolsa de Tóquio entrou em "território baixista" nesta quarta-feira (20), pressionada por temores de que a continuidade da queda do petróleo atinja economias e companhias intimamente ligadas à indústria de energia.
O Nikkei, índice que reúne as ações mais negociadas na capital japonesa, sofreu um tombo de 3,71%, encerrando o pregão a 16.416,19 pontos, o menor nível desde 31 de outubro de 2014, dia em que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) expandiu seu programa de relaxamento monetário.
Como o Nikkei acumula perdas superiores a 20% (mais precisamente, 21%) desde a máxima que atingiu em junho do ano passado, o índice japonês entrou no chamado "território baixista".
As preocupações com a fraqueza do petróleo - que nesta madrugada renovou mínimas em 12 anos na Nymex - e suas implicações para a economia global pesaram no mercado japonês. Além disso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu ontem sua projeção para o crescimento mundial em 2016, de 3,6% para 3,4%, e permanecem as incertezas sobre a perspectiva da política monetária dos EUA, que no mês passado anunciou seu primeiro aumento de juros desde 2006.
O clima negativo acabou favorecendo o iene, que avançou frente ao dólar e ao euro, em meio à busca dos investidores por ativos considerados mais seguros. O fortalecimento da moeda japonesa tende a prejudicar as ações de exportadoras em Tóquio.
Os setores petrolífero e de transporte marítimo lideraram as perdas na bolsa japonesa hoje. A exploradora de petróleo Inpex caiu 6,2%, enquanto a Nippon Yusen K.K. - uma das maiores empresas globais de logística e transportes integrados do mundo - recuou 6,6%.
Já as ações do Japan Post Bank tiveram queda de 4,8%, a 1.430 ienes, ficando abaixo do preço de sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), de 1.450 ienes.
Fonte: Dow Jones Newswires.