EDUCAÇÃO

Bolsista que adotar criança terá licença-maternidade de 4 meses

Até agora, benefício valia para gestantes que tivessem bebê durante curso.

Em 18/12/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

As mulheres que adotarem uma criança ou um adolescente durante a vigência de uma bolsa de estudo na pós-graduação terão direito à licença-maternidade de 4 meses. O benefício vale para aquelas que fizerem parte de algum programa de fomento à pesquisa, como os de mestrado e doutorado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).

Antes, apenas as alunas que engravidassem e que tivessem o bebê durante o curso é que poderiam se afastar da universidade por esse período. A partir da lei nº 13.536, publicada nesta segunda-feira (18) no Diário Oficial da União, ficam contemplados os casos de parto, adoção ou obtenção de guarda judicial para fins de adoção.

Com a mudança, as mulheres que se encaixam nesses casos poderão prorrogar a bolsa de estudos por 120 dias, para que consigam se manter distantes da universidade por esse período.

Para formalizar o pedido de licença-maternidade, é preciso comunicar à agência de fomento e à coordenação do curso quais os dias de início e de término do afastamento, além de apresentar os documentos que comprovem a gestação, o nascimento, a adoção ou a obtenção da guarda judicial da criança.

Histórico de reivindicações

Em novembro de 2010, uma reivindicação da Secretaria de Políticas para as Mulheres foi atendida em relação às alunas pós-graduandas que tinham bolsa de estudos pela Capes e pelo CNPQ. A partir de então, aquelas que engravidassem durante o mestrado ou o doutorado passaram a ter direito à licença-maternidade com pagamento da bolsa, durante quatro meses. A exigência era de que o parto ocorresse no período de vigência do programa de estudos.

Apesar do avanço, há a queixa das mulheres sobre o período de afastamento ser de 4 meses. Como o aleitamento exclusivo é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) até os 6 meses do bebê, as alunas reivindicam o direito à licença-maternidade até que o filho complete essa idade.

(Foto: Divulgação)