POLÍTICA NACIONAL

Bolsonaro nega as acusações de fake news durante eleições

Bolsonaro negou que tenha promovido notícias falsas durante a campanha eleitoral de 2018

Em 28/10/2021 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Reuters

Na noite de terça-feira, o TSE suspendeu o julgamento de duas ações contra a chapa formada por Bolsonaro e pelo vice Hamilton Mourão na eleição de 2018 por suposto disparo massivo de mensagens em redes sociais.

O presidente Jair Bolsonaro negou nesta quarta-feira acusações de que tenha promovido notícias falsas durante a campanha eleitoral de 2018, num momento em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julga ações que pedem a cassação da chapa encabeçada por ele naquele pleito.

Em discurso em um evento com pastores evangélicos em Manaus, Bolsonaro disse duvidar que qualquer um dos presentes tivesse recebido mensagens com notícias falsas que tenham o favorecido em sua campanha eleitoral e aproveitou para atacar o PT, partido do candidato derrotado no segundo turno da eleição daquele ano, Fernando Haddad.

"Alguém recebeu alguma mensagem esquisita no celular sem origem definida que fez você mudar seu voto? Ninguém recebeu! Duvido que alguém tenha recebido aqui. Essa é a acusação agora?", disse Bolsonaro.

"E se eu menti contra aquele partido vermelho, qual a mentira? A mentira contra aquele partido é dizer que eles defendem a família. A mentira é dizer que eles são contra a legalização da droga ou do aborto. A mentira seria se eu falasse que eles são honestos, que ninguém foi preso no governo... Falar a verdade agora passou a ser fake news?"

Na noite de terça-feira, o TSE suspendeu o julgamento de duas ações contra a chapa formada por Bolsonaro e pelo vice Hamilton Mourão na eleição de 2018 por suposto disparo massivo de mensagens em redes sociais e suposto uso fraudulento de documentos de idosos para essas iniciativas, com três votos contrários às ações.

No discurso aos evangélicos, Bolsonaro afirmou que a definição de família está na Bíblia e na Constituição e, segundo ele, determina que a família é formada por um homem e uma mulher.

Ao mesmo tempo que afirmou que ninguém é obrigado a acreditar no que diz a Bíblia, e que disse que ninguém será perseguido por não acreditar no que está lá escrito, Bolsonaro disse que é preciso "evangelizar" os que não acreditam e acrescentou que aqueles que não quiserem seguir o comportamento ditado pela Bíblia que "se expliquem".

"Se a pessoa não acredita na vida eterna ou na morte eterna, se explique. A própria Bíblia tem passagens... que fala como devemos nos comportar. Vai fazer? Você decide. Chama-se arbítrio, Deus nos deu o arbítrio", afirmou. (Reuters)

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