Botão do Pânico: técnicos recebem treinamento para cadastrar mais mulheres

A equipe técnica da Coordenação de Atendimento às Vítimas de Violência e Discriminação (Cavvid) da Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos (Semcid) está recebendo treinamento para operar o sistema de cadastramento das mulheres vítimas de violência doméstica que serão beneficiadas pelo projeto Botão do Pânico.

A Prefeitura de Vitória vai ampliar o atendimento com a distribuição de novos dispositivos. A entrega dos equipamentos será realizada por etapas, podendo chegar a 300 mulheres atendidas, a partir de março.

A gerente de Políticas de Promoção de Gênero da Semcid, Lorena Padilha, explicou que a seleção das mulheres atendidas com o Botão do Pânico também será realizada pela Cavvid. "A partir dos encaminhamentos da 1ª Vara Especializada em Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, a Cavvid estudará a viabilidade técnica junto à Guarda Municipal de Vitória. Além disso, a coordenação vai fazer o atendimento psicossocial e todo cadastramento dessas mulheres no sistema".

Reunião

Nesta sexta-feira (26),  às 14 horas, o secretário municipal interino de Cidadania e Direitos Humanos, Marcos Marinho Delmaestro, vai se reunir com a juíza titular da 1ª Vara Especializada em Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Brunella Faustini Baglioli, na Casa do Cidadão, em Itararé, para tratar de questões relacionadas ao Botão do Pânico.

"Vitória abraçou a causa e já se tornou referência nacional quando se trata de segurança para mulheres com medida protetiva. Nessa nova etapa do projeto, a Cavvid estará ainda mais envolvida no processo de seleção e acompanhamento das mulheres atendidas. Dessa maneira, precisamos alinhar essas questões com a 1ª Vara, uma vez que ela será a responsável pelos encaminhamentos das mulheres em situação de risco no descumprimento da medida protetiva por parte do agressor", explicou.

Atendimentos

Desde o lançamento do Botão do Pânico – em parceria com o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) e o Instituto Nacional de Tecnologia Preventiva (INTP), em abril de 2013 -, foram realizados 23 atendimentos, que culminaram em 11 prisões em flagrante. Nesses acionamentos, as viaturas da Patrulha Maria da Penha, da Guarda Municipal de Vitória, levaram entre 3 e 9 minutos para chegar até o local.

Como funciona

Com o aparelho, as mulheres podem acioná-lo toda vez que se sentirem ameaçadas pelo agressor. Para evitar o toque acidental, a mulher deve segurar o equipamento por três segundos até que o botão possa ser disparado.

O sinal é captado pela Central de Videomonitoramento da Secretaria Municipal de Segurança Urbana (Semsu), que recebe as coordenadas do local onde o dispositivo foi acionado e, prontamente, envia viaturas para realizar atendimento à vítima.

Além de receber a localização exata do dispositivo, enviada pelo GPS, a Central de Videomonitoramento da Guarda inicia a gravação do áudio ambiente. 

Ao disparar o alarme, os agentes da Patrulha Maria da Penha também recebem por meio do smartphone a localização da vítima via GPS e a foto da solicitante e do agressor para rápida visualização no ambiente.