ECONOMIA INTERNACIONAL
Bovespa tem queda com efeitos da volatilidade do mercado
O Ibovespa operava em baixa de 0,43%, aos 81.506,49 pontos.
Em 06/02/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A Bovespa iniciou os negócios em queda nesta terça-feira, 6, mas chegou a reduzir perdas há pouco em sintonia com uma melhora pontual dos índices futuros em Nova York. O pré-mercado em Wall Street oscila entre altas e baixas desde cedo, o que tende a conferir volatilidade ao pregão na Bolsa doméstica.
Às 10h30, o Ibovespa operava em baixa de 0,43%, aos 81.506,49 pontos, enquanto o Dow Jones futuro recuava 0,78%, o S&P 500 futuro perdia 0,23% e o Nasdaq futuro cedia 0,16%. Segundo operadores, o movimento de correção visto ontem, que levou as bolsas de Nova York a tombarem mais de 4,0%, pode seguir por mais dias.
No mercado de câmbio, o dólar à vista segue em alta ante o real, mas desacelerou na última hora em meio ao fortalecimento da moeda americana no exterior. Há pouco, a moeda estava negociada a R$ 3,25, uma alta de 0,31%.
Pelo mundo, os mercados da Ásia, Pacífico e da Europa estão sendo muito prejudicados pelo comportamento dos mercados acionários de Nova York, que ontem sofreram tombos de 3,8% a 4,6%. As Bolsas de Japão, China, Austrália fecharam o dia com fortes quedas.
O grande temor do mercado é que a maior economia do mundo enfrente pressões inflacionárias que levem o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) a aumentar a taxa de juros em ritmo mais acelerado. Além disso, dados sobre emprego divulgados na sexta pelo governo americano mostraram alta de 2,9% no salário-hora pago aos trabalhadores americanos, impulsionada pela queda do desemprego a 4,1% e um aperto do mercado laboral.
Bolsas asiáticas tiveram fortes quedas na terça. Mercados europeus abriram em baixa. Foto: Vincent Thian/AP
Em dezembro, o Congresso aprovou corte de impostos de US$ 1,5 trilhão, que equivale a um estímulo fiscal no momento em que a economia está com pleno emprego e crescimento superior a 2,5% anualizados.
Em termos porcentuais, o tombo de ontem no mercado de ações dos EUA foi o maior desde 2011 e anulou os ganhos obtidos pelos investidores em 2018. Apenas o Dow Jones despencou mais de 1.100 pontos na segunda-feira, seu maior tombo em pontos da história.
Mercados asiáticos. Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 4,73%. O índice japonês está entrando em território de correção após acumular perdas de mais de 10% desde a máxima que atingiu em janeiro.
Na China, a Bolsa de Xangai recuou 3,35% e o índice Hang Seng, de Hong Kong, foi mais expressivo: de 5,12%. Em outras partes da região asiática, o índice sul-coreano Kospi caiu 1,54% em Seul, enquanto o Taiex recuou 4,95% em Taiwan, em sua maior queda desde agosto de 2011, a 10.404 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana voltou para os níveis de meados de outubro, depois de apresentar sua maior queda em um único dia desde o fim de 2015. O S&P/ASX 200 caiu 3,20% em Sydney.
Repercussão na Europa. Na manhã desta terça-feira, 6, importantes bolsas europeias iniciaram o dia em queda. O mercado alemão, em Frankfurt, iniciou o dia em queda de 3,58%.
Por volta das 10h, a Bolsa de Valores de Londres operava em queda de 2,39%. Em Paris, os mercados recuavam 2,52% e em Milão, 2,29%. A Bolsa de Madri registrava queda de 2,65% e a de Lisboa, com baixa de 1,24%.