NEGÓCIOS
Bradesco e HSBC dizem a sindicatos que não farão demissões em massa.
O HSBC tinha 20.165 trabalhadores até o final do ano passado e 853 agências no Brasil.
Em 04/08/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
SÃO PAULO - Entidades que representam trabalhadores do setor bancário afirmaram nesta terça-feira que dirigentes do Bradesco e do HSBC Brasil garantiram que não haverá demissões em massa após a compra das operações brasileiras do banco britânico pelo segundo maior banco privado do Brasil, anunciada na véspera.
"Os dois bancos afirmam que não haverá demissão em massa (...) Até que saia a aprovação da venda, que pode durar seis meses, a gestão será do HSBC e o compromisso dos dois bancos é de manter a transparência com os sindicatos e os trabalhadores", disse a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, Juvandia Moreira, em comunicado à imprensa.
O Bradesco anunciou na véspera acordo para comprar o HSBC Brasil por 5,2 bilhões de dólares, na maior aquisição da história de 74 anos do banco.
A transação criará um grupo com 1,2 trilhão de reais em ativos, carteira de crédito de 522 bilhões de reais e 31,4 milhões de correntistas. O negócio também deixará o Bradesco com a maior folha salarial do setor, com mais de 115 mil funcionários.
A garantia de que não haverá demissões em massa ocorreu em reunião entre os bancos e dirigentes sindicais nesta terça-feira. Procurados, Bradesco e HSBC Brasil confirmaram as informações das entidades sindicais.
"A reunião nos tranquiliza porque eles garantiram que não haverá demissão em massa", disse o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto von der Osten, no comunicado. "Mas vamos ficar atentos e acompanhando os desligamentos dos dois bancos", acrescentou.
Para analistas do setor bancário, o sucesso da aquisição do HSBC Brasil dependerá do quão rápido o Bradesco conseguirá atingir os mais de 6 bilhões de reais em economias de custos prometidas. Essa meta dependerá amplamente de como o Bradesco cortará empregos sem entrar em conflitos trabalhistas e cair no crivo de autoridades políticas que podem desacelerar o processo.
O HSBC tinha 20.165 trabalhadores até o final do ano passado e 853 agências no Brasil.
Reuters