No Brasil, sai governo, entra governo e as coisas seguem patinando nas mesmas dificuldades, quando o assunto é ambiente de negócios. Por exemplo, as pessoas que desejam empreender, ainda são fortemente penalizadas pela burocracia.

A pergunta, então, é para o cidadão que deseja construir uma empresa física: Já analisou quanto tempo demora para abrir ou fechar uma empresa no Brasil? Quantos impostos vai ter que recolher, qual a carga tributária incidirá sobre os custos do negócio? Qual a demora para conseguir consolidar o registro da empresa, obter a licença de construção ou reforma, o alvará de funcionamento e instalação de energia elétrica?

Essas e outras perguntas estão na avaliação anual do Banco Mundial para medir o ranqueamento do ambiente de negócios em 190 países.

O Doing Business (fazer negócios) analisa dez indicadores que classificam os países, atribuindo nota de 0 a 100. O Brasil ocupa a modesta posição no ranking, apenas o 109º lugar, com 60,01 pontos, atrás do México, Colômbia e Costa Rica (a primeira é a Nova Zelândia, seguida de Cingapura, Dinamarca e Hong Kong).

Confesso que tenho dificuldade de compreender a lógica de um país que é a oitava economia do mundo, ocupar a 109ª posição em “ambiente de negócios”.

O último relatório do Doing Business, que captou dados em São Paulo, diz que o tempo médio de abertura de uma empresa está em 18 dias, mas, no Rio Grande do Sul e o Distrito Federal, esse tempo médio ultrapassa os quatros meses. São onze procedimentos que começam nas prefeituras e terminam em órgãos estaduais. 

Na Nova Zelândia, por exemplo, o tempo médio de abertura de empresas é de apenas algumas horas e somente um procedimento é exigido. Na média dos países das economias mais desenvolvidas do mundo, o tempo de abertura de um empreendimento é pouco mais de uma semana e menos de cinco procedimentos são exigidos. 

Se é difícil abrir uma empresa, a dor de cabeça para fechar um negócio costuma ser ainda pior no Brasil. Segundo o Banco Mundial, resolver a insolvência de um negócio dura, em média, quatro anos. Na Irlanda, dura menos de seis meses. Na média de países da OCDE, não ultrapassa dois anos. 

Apesar do longo caminho, o Brasil pode se inspirar em outras economias emergentes, como a Índia, que em apenas dois anos conseguiu subir 53 posições, hoje, ocupando a 77ª posição no ranking Doing Business. 

Sobre isso, o que se sabe é que o presidente Jair Bolsonaro anunciou a meta de levar o país para a lista dos 50 mais bem classificados até o fim de 2022. E, para definir estratégias de como chegar lá, representantes do Banco Mundial se reuniram com membros do governo, no Palácio do Planalto, e só . 

Sobre o autor:

Prof. José Luiz Mazolini, é professor universitário, com formação em Administração de Empresas e Pessoas; Marketing Estratégico de Negócios e Esportivo; Publicidade e Propaganda, além de MBA Executivo em Negócios Internacionais; ambos pela Universidade Norte do Paraná, Londrina/PR. É empresário, diretor da Mazolini Consultoria & Marketing, do Correio Capixaba, do Portal CCNEWS Brasil, e palestrante/conferencista.

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