ESPORTE INTERNACIONAL
Brasil busca resultado inédito em rúgbi em cadeira de rodas.
Objetivo é manter a terceira posição continental, conquistada nas últimas edições da Copa América.
Em 14/08/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Brasil terá de superar a pressão da torcida para desbancar o Canadá na semifinal do rúgbi em cadeira de rodas. O confronto será nessa quinta-feira (13), às 18h45 (horário de Brasília), em Toronto, Canadá. Na fase de classificação, em que todas as equipes jogam entre si, os canadenses levaram a melhor e fizeram 65 x 32.
Para o treinador Luiz Gustavo Pena, o objetivo é manter a terceira posição continental, conquistada nas últimas edições da Copa América. Ele sabe que a equipe ainda está a uma distância grande de canadenses, inventores da modalidade, e Estados Unidos, mas já vê este caminho encurtar. “Fizemos um primeiro período muito bom contra os EUA e a gente quer cada vez mais competir de igual para igual, visando 2016, onde as melhores equipes do mundo estarão presentes.”
Com um sistema implantado por um treinador canadense, que ficou entre 2013 e 2014 auxiliando a equipe, Luiz Gustavo percebe uma padronização, um fortalecimento do time e pretende que a equipe ganhe mais rodagem. “Além dos resultados em quadra, a gente conseguiu melhorar a nossa organização. Temos um grupo forte, não dependemos apenas dos quatro jogadores em quadra, as substituições acontecem a todo o momento e toda hora alguém pode entrar e decidir a partida.”
Investimento
Da equipe que representa o Brasil no Parapan, oito jogadores são contemplados com a Bolsa Atleta do Ministério do Esporte. No total, a modalidade possui 31 beneficiados. Um investimento de mais de R$ 344 mil por ano.
Modalidade
Assim como no rúgbi convencional, a modalidade tem muito contato físico e as cadeiras são adaptadas para suportar os choques. Além disso, neste esporte não há divisão por gênero, homens e mulheres podem competir pela mesma equipe. Ao todo são quatro cadeirantes em quadra e mais oito reservas. Voltado para pessoas com tetraplegia, a classificação funcional no rúgbi está dividida em sete classes: 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0; 3,5. Quanto menor o número, mais limitado é o atleta. Para garantir o equilíbrio das equipes, a soma das classes dos jogadores em quadra não pode ultrapassar o total de oito.
A cada dez segundos, o jogador deve quicar a bola, similar a de vôlei, ou passá-la para algum companheiro. Da defesa para o ataque, o meio da quadra deve ser ultrapassado em 12 segundos e o gol deve ser feito em 40 segundos.
Fonte: Ministério do Esporte.