ECONOMIA INTERNACIONAL
Brasil está preparado para impactos econômicos da guerra
No fim da tarde desta quinta-feira, a bolsa caía cerca de 1,5%, depois de recuar mais de 2%
Em 24/02/2022 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O dólar comercial, que ontem (23) tinha fechado em R$ 5, estava sendo vendido a R$ 5,10, depois de atingir R$ 5,15 por volta das 15h.
O alto volume de reservas internacionais e as poucas dívidas em dólar tornam o Brasil preparado para enfrentar a volatilidade dos mercados financeiros ao conflito entre Rússia e Ucrânia, disse hoje (24) o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle. Segundo o secretário, ainda é cedo para pensar em leilões extraordinários da dívida pública para segurar o mercado.
No fim da tarde desta quinta-feira, a bolsa caía cerca de 1,5%, depois de recuar mais de 2% durante o dia. O dólar comercial, que ontem (23) tinha fechado em R$ 5, estava sendo vendido a R$ 5,10, depois de atingir R$ 5,15 por volta das 15h.
“É importante lembrar a posição em que o Brasil se encontra. Em termos de dívida pública, estamos em situação muito confortável. A gente tem só 5% da dívida em dívida externa e a participação do estrangeiro [na dívida interna] no Brasil é de pouco mais de 10%. A gente tem 100% da necessidade de financiamento de 2022 em caixa. A gente tem mais de US$ 350 bilhões de reserva internacional. O Brasil está bem estruturado para alguma volatilidade internacional”, afirmou Valle.
Quanto a eventuais leilões do colchão da dívida pública, tipo de medida tomada em momentos de turbulência extrema no mercado financeiro, o secretário comentou que o Tesouro só poderá tomar qualquer decisão depois de aguardar como o conflito vai se desenrolar e se haverá impactos em outros países.
“O Tesouro está com o caixa confortável. A gente acompanha o mercado permanentemente. Estamos atentos e tomaremos as medidas que forem necessárias. Mas, neste momento, acho que está cedo e que estamos bem posicionados”, afirmou Valle.
O secretário deu as explicações ao comentar o resultado primário de janeiro. No mês passado, as contas do governo central tiveram superavit primário recorde de R$ 76,5 bilhões. (Por Wellton Máximo/Agência Brasil)
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