ESPORTE INTERNACIONAL
Brasil faz 3x0 e afunda a Argentina.
Com eficiência absurda contra posse de bola e lentidão do rival, Seleção chega à quinta vitória com Tite.
Em 11/11/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O torcedor pegou a seleção brasileira no colo, embalou, ninou e dormiu abraçado a ela. Gritou o nome de seu craque, de seu técnico, lembrou os mil gols de Pelé, que rima com olé, e riu dos argentinos após um acachapante 3x0, em que as superioridades mental e física chamaram mais atenção do que a técnica. A Argentina teve mais a bola no primeiro tempo, teve Messi participativo, mas longe da área, só que um Brasil extremamente bem resolvido, e ciente de suas qualidades e defeitos, explodiu no talento de Coutinho, Neymar (seu 50º gol pela Seleção) e Paulinho, autores dos gols com assistências de Gabriel Jesus e Renato Augusto. O Mineirão, dois anos após o desastre, deixou transbordar orgulho por uma equipe que, enfim, devolve prazer ao brasileiro.
Primeiro tempo
Começou com dois chapéus de Messi e terminou com um gol de Neymar. Uma eficiência cruel do Brasil contra uma Argentina esforçada, determinada, mas carente de velocidade e definição. Enquanto Di Maria nem foi notado em campo, Coutinho saiu da direita para a esquerda, deixou para trás um Mascherano que parece ter deixado o ímpeto em Barcelona, e fez um golaço, parecido com os que tem marcado no Liverpool. No fim, Neymar recebeu de Jesus e, livre, com espaço, deslocou Romero.
Segundo tempo
Edgardo Bauza voltou com Aguero no lugar de Enzo Pérez, e quem o viu no São Paulo pensou: quando ele está perdendo, coloca um atacante e tira um meia, a tendência é tomar mais. Quando Paulinho driblou Romero e bateu para o gol vazio, a Argentina escapou graças à leitura de jogo de Zabaleta, que salvou quase na linha. Mas Paulinho insistiu e fez o gol merecido. Ele, que ajudou Fernandinho no combate a Messi, apareceu de novo na área e completou para o gol. Daí para frente o estádio virou baile de carnaval. Em campo com Neymar e nas arquibancadas eufóricas. O Brasil afundou seu rival e elevou às alturas seu ego.
Classificação
O Brasil se manteve na liderança, um ponto à frente do Uruguai (24 a 23), e a Argentina também permaneceu na mesma posição: a sexta, fora da zona de classificação para a Copa do Mundo de 2018. Na próxima terça-feira, a Seleção de Tite vai a Lima enfrentar o Peru, enquanto os hermanos receberão a Colômbia, desesperados por uma vitória.
Público e renda
53.490 pessoas assistiram à vitória do Brasil, e geraram uma renda de R$ 12.726.250,50.
Filipe de volta
Marcelo recebeu o segundo cartão amarelo e está suspenso para a partida da próxima terça-feira, contra o Peru, em Lima. Voltará só em março de 2017, na rodada seguinte. Filipe Luís será titular na semana que vem. Os outros pendurados – Daniel Alves, Miranda, o próprio Filipe Luís, Paulinho, Giuliano, Lucas Lima e Douglas Costa – não levaram cartão.
5ª SEGUIDA
Tite segue invicto na seleção brasileira: cinco jogos, cinco vitórias, 15 gols marcados, 1 sofrido (contra, de Marquinhos).
Eterno capitão
Antes do jogo, um minuto de silêncio em homenagem ao falecimento de Carlos Alberto Torres. A torcida aplaudiu e gritou “Capita, Capita” para o capitão do tricampeonato de 1970. Daniel Alves, lateral-direito como ele, jogou com sua camisa 4 e a faixa de capitão.
Messi x Fernandinho
O início do jogo levou o público numa máquina do tempo a 2014, quando Fernandinho teve atuação trágica. É que, em cinco minutos, ele levou um chapéu de Messi, fez duas faltas no atacante e levou um cartão amarelo. Só que o camisa 10 da Argentina voltou demais para buscar o jogo, e Tite deixou que seus meias Paulinho e Renato Augusto o acompanhassem mais para livrar Fernandinho do perigo da expulsão.
Finalmente
Neymar e Messi se enfrentaram pela quinta vez, e foi o primeiro gol do brasileiro contra o amigo argentino, que já fez seis no duelo particular. Antes do jogo, eles trocaram um caloroso abraço, carinhos e palavras ao pé do ouvido.
Fonte: ge