ECONOMIA NACIONAL

Brasil gerou mais de 623 mil empregos em 2014.

Dados do governo mostram crescimento de 1,27% no estoque de trabalhadores formais.

Em 10/09/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, divulgou nesta quarta-feira (9) os dados da Relação Anual de Informações Sociais, relatório conhecido como RAIS, relativo ao ano de 2014. Os dados mostram um crescimento de 1,27% no estoque de trabalhadores formais com relação a 2013, indicando a geração de 623,1 mil postos de trabalho.

Segundo o Ministério, o crescimento na elevação do emprego formal foi de 1,45%, com 580,6 mil contratações celetistas, além do aumento de 0,47% no contingente de estatutários, com uma expansão de 42,5 mil vagas.

Seguindo a mesma tendência do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o relatório revela também que, no período de janeiro de 2011 a julho 2015, foram gerados mais de 5 milhões de empregos com carteira assinada e estatuários no País. Isso acrescido do saldo do CAGED  de janeiro a julho de 2015.

Com esse crescimento, o montante de vínculos empregatícios, ativos em 31 de dezembro de 2014, atingiu 49.571 milhões, ante 48.948 milhões do ano anterior.

O aumento nos rendimentos médios dos trabalhadores formais, que obteve, em 2014, um ganho real de 1,76% em relação ao mês de dezembro de 2013, foi outro dado positivo.

No ano, houve uma elevação no rendimento para R$ 2.449,11, contra R$ 2.406,83 de 2013. Esse cenário dá sequência à trajetória de crescimento da remuneração observada nos últimos anos.

Segundo o ministro Manoel Dias, mesmo demonstrando uma desaceleração no incremento de postos de trabalho, os números apontam que o país manteve saldo positivo na oferta de vagas formais.

“O país, mesmo com todos os problemas que vem enfrentando, manteve a geração de empregos. Apesar da desaceleração, mantivemos a criação de vínculos com ganhos reais de salários”, afirmou o ministro, destacando que, hoje, o Brasil é a 7ª potência econômica mundial e referência para muitos países.

“Estive, recentemente, na reunião do G20 e o Brasil foi citado por muitos deles, principalmente pelas políticas que criou para combater a crise”, complementou Dias.

O ministro lembrou ainda que o FGTS tem em seu orçamento R$ 83 bilhões para investimento esse ano, sendo R$ 55 bilhões somente para o setor de habitação.

“Isso vai impulsionar o emprego na construção civil, com a possibilidade de gerarmos, nesse ano, mais de 3,7 milhões de postos de trabalho no setor”, avaliou.

Saldo positivo

O aumento do emprego formal foi verificado em todas as áreas da economia, com destaque para Serviços, que criou 587.482 empregos, e o Comércio, com inclusão de 217.013 trabalhadores.

No recorte geográfico, todas as Grandes Regiões mostraram expansão, com destaque para o Nordeste, que gerou 206,2 mil postos de trabalho. Entre os estados, a ampliação foi quase generalizada, tendo resultado negativo apenas no Amazonas, com perda de 1.5 mil postos no ano. 

Os dados completos de 2014 estão disponíveis na página do MTE: http://portal.mte.gov.br/portal-mte/rais/.

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego