CIDADANIA
Brasil registra 34 mil mortes violentas em 2018, segurança é prioridade
Somente em agosto foram 3,4 mil mortes violentas.
Em 27/10/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Pelo menos 3.444 pessoas foram assassinadas no mês de agosto deste ano no Brasil. O número, porém, é ainda maior, já que quatro estados não divulgam os dados. O índice nacional de homicídios, ferramenta criada pelo portal G1, permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país. Já são 34.305 vítimas registradas nos primeiros oito meses deste ano.
O número consolidado até agora contabiliza todos os homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, que, juntos, compõem os chamados crimes violentos letais e intencionais. O mapa faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do site com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Para o especialista em Segurança, Glauco Tavares, que dirige o Grupo RG Brasil de segurança – um dos maiores do país –, o alto número de mortes revela a urgência do tema para os políticos eleitos em 2018. Segundo ele, são necessárias medidas emergenciais para inibir estas práticas violentas.
"Os novos gestores públicos tem em mãos as informações que precisam para combater com assertividade essa questão da violência. Se houver vontade política com certeza o cenário será melhor nos próximos anos. A população está alarmada com o cotidiano violento das cidades brasileiras", afirma Glauco Tavares.
SEGURANÇA PRIVADA
Enquanto a segurança pública no Brasil segue como um dos principais pontos exigidos pela população, o setor de segurança privada cresce vertiginosamente. Para Glauco Tavares, as pessoas estão em busca de se proteger. Até 2020, a projeção é de que a receita do setor de segurança privada deve atingir US$ 240 bilhões. Só nos Estados Unidos, o crescimento estimado para este ano é de U$ 34 bilhões.
A conclusão é da Statista, consultoria alemã de pesquisa independente. A previsão é de que a receita do mercado global de tecnologia e serviços de segurança chegue a US$ 96,3 bilhões até dezembro. Especialistas afirmam que a tendência se estende também para o Brasil. Apenas em sistemas de segurança eletrônica, por exemplo, a expansão média anual foi de 8% nos últimos cinco anos no país. O impacto gera renda e serviços, assim como incentiva o mercado que fornece produtos e abre perspectivas para importação.